A eleição para desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), nesta terça (11/05), deixou claro que arestas estão sendo aparadas. O TJAM vive um momento de paz e harmonia, sob o comando do desembargador Domingos Jorge Chalub. Amainaram os grandes panavueiros internos. A eleição de Abraham Peixoto Campos Filho, por merecimento, estava prevista há tempos. Assim como a entronização pacífica no colegiado, por antiguidade, de Onilza Gerth. O próximo desembargador, de acordo com os bastidores da eleição de hoje, será Cezar Luiz Bandiera. Ele obteve 11 votos hoje, empatado com Mirza Telma e Paulo Furtado, ficando no segundo lugar. “A eleição dele está madura e terá o apoio do grupo onde está o desembargador Pascarelli”, disse uma fonte do portal. Pode cravar.
Próxima vaga
A próxima vaga no TJAM, por merecimento, será aberta com a aposentadoria de Ari Moutinho. Ele completa 75 anos no dia 28 de agosto. Vagas por merecimento são disputadas no voto, intercalando com as por antiguidade, que são líquidas e certas – exceto se houver impedimento legal, o que é raríssimo.
Concorrentes
Cézar Bandiera, que obteve o voto de Pascarelli já nesta eleição, concorrerá, entre outros, com Mirza Telma de Oliveira Cunha e Rogério José da Costa Vieira. Rogério, titular da 19ª Vara Cível, é filho do desembargador aposentado Lafayette Vieira e irmão do desembargador Lafayette Jr.
Enchente
A enchente deste ano já é a sexta maior de todos os tempos. Superou 2014 (29m50), que ocupava a 6ª posição, com os 29m52 atingidos esta terça (11/05). Veja, abaixo, a ordem das 10 maiores enchentes do rio Negro:
1- 2012 – 29m97
2 – 2009 – 29m77
3 – 1953 – 29m69
4 – 2015 – 29m66
5 – 1976 – 29m61
6 – 2021 – 29m52
7 – 2014 – 29m50
8 – 1989 – 29m42
9 – 2019 – 29m42
10- 1922 – 29m35
Curiosidades
O “medidor oficial” da régua do porto de Manaus, o Roadway, Valdelino Cavalcante, não ganha nada por esse serviço. Ele é funcionário da administração do porto, entrou como auxiliar e se formou em Engenharia, galgando novos postos.
Curiosidades (2)
Em 2012, ano da maior de todas as cheias, Valdelino chegou a anunciar, em entrevista à então rádio CBN Manaus, que o rio Negro chegara à “cota 30”. Foi uma bomba. No dia seguinte, constrangido, disse que havia muito capim perto da régua. E que uma marola pode ter influenciado a medição. Mas a cota oficial ficou em 29m97, que permanece até hoje.
Curiosidades (3)
Fica o desafio para as startups de tecnologia: é preciso encontrar um modo de tonar mais segura essa medição. E o Serviço Geológico do Brasil, antiga CPRM, ainda não criou um método oficial de medição em Manaus. Embora o sistema tenha avançado em outros postos, de outros rios, como no Solimões, em Tabatinga, no interior do Amazonas.
CPI da Covid-19
O placar da CPI da Covid-19, no Senado Federal, está assim: até aqui muita especulação e nada de concreto. O presidente Omar Aziz (AM) e o relator Renan Calheiros (AL) sabem com o que precisarão lidar. Todos os senadores integrantes do grupo, aliás, sabem muito bem: se começar a perigar para grupos de interesse deles criarão tantos fatos que ficará impossível culpar alguém. Transformarão, em outras palavras, numa “CPI do fim do mundo”.
CPI da Covid-19 (2)
A CPI da Covid-19 já tem 521 requerimentos, 22 deles apresentados somente hoje (11/04).
Convocações
Há centenas de prefeitos e muitos governadores com pedidos de convocação sobre a mesa de Omar Aziz. O prefeito de Manaus, David Almeida, o governador Wilson Lima e o vice-governador Carlos Almeida estão entre eles.
Festival Folclórico de Parintins
O tempo passa, o tempo voa… O Festival Folclórico de Parintins, uma das maiores tradições amazônicas, está novamente em perigo. Fala-se muito em Terceira Onda da pandemia de coronavírus. E nenhuma autoridade está disposta a autorizar a volta de eventos com grande público. É inimaginável um Bumbódromo novamente lotado, pelo menos por enquanto, como ocorreu nos festivais passados.
Festival Folclórico de Parintins (2)
É hora de pensar num formato alternativo, que torne seguras as apresentações dos bumbás, respeitando as vidas perdidas e preservando a tradição. Complicado? Pior é adiar a decisão, com um cenário em que nem as vacinas conseguem afastar o pessimismo.
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