Secretário de Paulo Guedes nega que exista, no momento, Plano Dubai para a Zona Franca

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Foto: Ministério da Economia

O secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), ligado ao Ministério da Economia, Carlos da Costa, negou que exista atualmente o Plano Dubai para a Zona Franca de Manaus (ZFM). A informação foi dada durante audiência conjunta, na manhã desta quarta-feira (3) na Câmara dos Deputados, em Brasília.

A audiência é conjunta entre as comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) e de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia (CINDRA), com a participação do superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Alfredo Menezes, parlamentares do Amazonas e entidades industriais.

Anunciado em junho deste ano em reportagem no jornal Folha de S. Paulo, o Plano Dubai, que tem a expectativa de incentivar pesquisa e instalação de indústrias especializadas nos polos biofármaco, turismo, defesa, mineração e piscicultura no Amazonas, é apontado como uma alternativa para que a economia local deixe de depender de incentivos fiscais a partir de 2073, ano para o qual foram prorrogados os incentivos da ZFM. 

Durante a audiência desta quarta, Carlos da Costa negou que exista atualmente o plano e contou como a notícia sobre a alternativa se espalhou pela mídia. “Ainda não existe Plano Dubai. Ficamos inclusive surpresos com críticas que recebemos sobre a forma como foi divulgado o Plano Dubai. Não teve divulgação nenhuma. Foi uma conversa em ‘off’ (informação confidencial) num almoço com um jornalista (da Folha de S. Paulo) que desrespeitou o OFF e publicou as ideias que a gente tinha falado”, informou o secretário.

Segundo Costa, durante a conversa com o jornalista, ele disse que estão sendo realizados estudos para que a Zona Franca de Manaus e toda a Amazônia tenham desenvolvimento sustentável e que, a partir de 2073, não dependam mais de incentivos fiscais.

“Esse é o foco do que a gente apelidou de Plano Dubai. Dubai sabia que ia ficar sem petróleo em 50 anos e decidiu começar a se preparar pra se transformar de uma aldeia de pescadores que produzia petróleo em uma das regiões mais prósperas do planeta que já não produz petróleo”, detalhou, destacando que Dubai estudou potencialidades e localização geográfica para então mudar a matriz econômica.

Oportunidade 

O secretário também afirmou que a alternativa para a economia no Amazonas é uma oportunidade extraordinária para complementar o que existe hoje na Zona Franca de Manaus, para os próximos 50 anos. “Continuamos fazendo esse estudo, continuamos acreditando que esse é um futuro próspero pra região, com potencial de atrair bilhões em investimentos”, disse Costa.

Segundo o secretário, que é ligado ao ministério de Paulo Guedes, investidores interessados na região o procuraram após as notícias sobre o Plano Dubai. A intenção era investir no Amazonas.

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