Por que políticos não apresentam saídas para o Amazonas? Turismo, pesca esportiva, mineração, ZFM no fim… Vídeo mostra como é no Pará

Por que políticos não apresentam saídas para o Amazonas

Por que políticos não apresentam saídas para o Amazonas, com tantas opções, como a pesca esportiva do tucunaré, um filão ainda pouco explorado no Estado?

O ano eleitoral está a cinco meses do fim. Termina dia 28 de outubro, com o aparentemente inevitável 2º Turno. Os políticos fazem comitivas para visitar os antigos redutos e temas que atraem votos. É por isso que se vê essas idas e vindas na BR-319 (Manaus-Porto Velho). Ou promessas de que, “agora sim!”, os entraves do Processo Produtivo Básico (PPB) serão removidos. Sobra demagogia e faltam projetos concretos, palpáveis, realizáveis, reais.

A situação é grave. Mas há saída. Só está faltando projetos para conduzir o Estado até elas.

 

Zona Franca, queda no emprego, crescimento sazonal

A Zona Franca de Manaus (ZFM) está por um fio. Em outubro de 2013, o índice de empregos atingiu o auge, com 127 mil trabalhadores ativos. Hoje, em números redondos, o Polo Industrial tem apenas 87 mil empregados.

Os números oficiais precisam de interpretação. Fala-se em aumento da produção de televisores em 42%. É um crescimento sazonal. Deriva da migração do sistema analógico para digital, agora, dia 30/05. E também, em menor grau, da expectativa para a Copa do Mundo.

O dado fundamental é que o crescimento da atividade industrial, como um todo, foi somente de 10,5%, em todo o Amazonas. Ou seja, produtos sofreram grandes quedas. E o crescimento do eletroeletrônico TV só conseguiu amenizar essa derrocada.

Vem aí o segundo semestre. Sem migração de analógico para digital e sem Copa do Mundo, é presumível, a venda de TVs vai despencar.

 

Luta, greve e lucro dos portos

A ZFM, apesar dos pesares, tem conseguido sobreviver às intempéries. As indústrias aumentaram o inventário, a armazenagem, para escapar das corriqueiras greves na Receita Federal. O último movimento começou em setembro/2017 e está em pleno andamento.

Os dois portos monopolistas do Amazonas, Chibatão e SuperTerminais, são os únicos que ganham. A mercadoria fica retida pela greve e as empresas são obrigadas a pagar taxas altas de armazenagem. Isso inclui o comércio.

Quem paga a conta desses custos extras, no comércio e na indústria? O consumidor. Você, eu, nós. Porque os custos são repassados para os preços.

 

Turismo melhorou, mas é pouco

A condução do setor turístico no Amazonas melhorou. Muito. Orsine Oliveira Filho tem apresentado boas ideias. Falta dinheiro e vontade política para a concretização dos planos. Precisa lutar mais, propor mais, avançar mais. Ou acabará dando razão à antecessora, Oreni Braga, que, vencida pelas dificuldades, optou por curtir as viagens internacionais.

Alguém duvida que esse é o setor no qual o Amazonas deve depositar o maior número de fichas?

Quem tem smartphone pode acessar o YouTube. Pesquise por “vista aérea de Miami e arredores”. Ou qualquer outra cidade norte-americana. O resultado é impressionante: ruas perfeitas, retas, bem calçadas, arborizadas. Não há cidade próxima sem infraestrutura completa. A polícia de Miami Beach foi eleita a melhor dos EUA.

Agora compare com Manaus, Iranduba, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo. O conjunto da obra é impressionante.

A pesca esportiva, por outro lado, atrai mais sulistas, nordestinos e gringos a cada ano. Começou um movimento, a partir de pescadores operadores do Direito, para evitar a depredação do tucunaré. É esse peixe que arrasta multidões, ano após ano, de outros Estados e países, para o Amazonas.

Permanece, porém, o risco de que a infraestrutura chegue depois da extinção desse peixe de ouro. Ou depois que se torne tão raro, a ponto de não atrair mais pescadores em busca de ação.

É isso que chamam de “infraestrutura turística”.

O ano eleitoral seria a oportunidade de ouro para discutir alternativas.

 

Cadê os milagres prometidos nas outras eleições? Veja o vídeo da mineração no Pará

Onde estão os projetos miraculosos, de eleições passadas, para exploração da silvinita de Silves, Rio Preto, Nova Olinda do Norte e Itacoatiara? Ou o ouro do rio Madeira? Ou a cassiterita? Ou a tantalita? Ou outros diversos minérios que, se não explorados agora, tendem a perder valor comercial pela substituição por produtos de laboratórios?

Veja o vídeo abaixo, que mostra como o Governo do Pará está trabalhando a mineração. Humilhante para os governos do Amazonas? Não apenas para eles, mas para todos nós, amazonenses. Não esqueçamos: “Todo povo tem o governo que merece”.  Veja:

[KGVID]https://s3.amazonaws.com/img.portalmarcossantos.com.br/wp-content/uploads/2018/05/18142933/mineracao-para.mp4[/KGVID]

Ganha eleição, no Amazonas, quem contrata o melhor marqueteiro, o melhor advogado e domina a máquina pública. Pode vir com as melhores ideias, os melhores projetos e a maior sinceridade de propósitos.

Até quando?

Troque voto por projeto. Palpável. Factível. Real. Fuja da demagogia. Eleição é a hora de discutir o futuro. Restam cinco meses para decidir os próximos quatro anos das nossas vidas. Eles são fundamentais para nós e para as gerações futuras.

O Amazonas tem como crescer e aparecer. É só querer.

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3 comentários

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  1. Marco disse:

    A longo prazo serão menos postos de trabalho aqui, no Brasil e no Mundo por causa da automação, redes wi e outros avanços tecnológicos. Portarias de edifícios são controladas à distância, não precisa do porteiro, ônibus sem cobradores, supermercados e prédios comerciais mantidos seguros contra furtos e incêndios, sem a presença do vigilante após o horário de funcionamento.

  2. Thiago Marinho Pereira disse:

    Bom dia.

    Sou amazonense e moro no Pará. Compreendo sua frustração com os políticos amazonenses e com a falta de apresentação de projetos estratégicos para o futuro do Amazonas, mesmo em época de campanha. Mas esse estado que aparece nesse vídeo não é o Pará. O Pará que existe é um estado miserável, seja na calha norte ou na região oeste ou nos municípios da Transamazônica. Belem é hoje uma das cidades mais violentas do Brasil e do Mundo e perde em qualquer quesito básico de qualidade de vida para Manaus. Sou amazonense e sei que muitas vezes nos queixamos, pois, como todo povo civilizado, sempre desejamos melhorias. Mas não se pode se querer melhorar sem reconhecer qualquer tipo de avanço que se tem. Devemos comparar iguais com iguais e semelhantes com semelhantes. Manaus não é Miami. Nem nunca será. E também não precisa ser.

  3. andrade disse:

    Sobre a diferença de políticos daqui e de outros estados, quanto não apresentaçãode projetos e propostas vitais para o povo amazonense, a resposta É SIMPLES. Basta verificar QUEM SÃO SEUS “ASSESSORES”. Ao invés de técnicos especialistas e conhecedores das diversas problemáticas, PREFEREM TÍTERES, APINHIGUADOS E CABOS ELEITORAIS