A cidade é só fumaça e nada se faz, Gouvea é substituído por Frota na PM, Antônio Silva vai para o terceiro mandato na Fieam

Há alguns anos, no início da gestão Omar Aziz, final do período Eduardo Braga, houve uma crise de fumaceiro no verão de Manaus. A secretária estadual de Meio Ambiente, Nádia Ferreira, escalada, comandou uma série de medidas com as prefeituras da Região Metropolitana. Havia vigilância, inclusive com uso de helicóptero. Ano seguinte, o fumacê de setembro/outubro desapareceu. Agora, afrouxados os esquemas de vigilância, eis que o problema volta em proporção de calamidade pública. Os bombeiros não têm mãos para atender a tantos chamados de incêndios. Crianças ficam com olhos vermelhos, tosse e pais levam-nas a pronto-socorros. Escolas suspendem aulas. Asmáticos entram em crise. A mobilização, que deveria ser comandada pelo Governo do Estado, porém, não ocorre. Tem coisas que se faz sem dinheiro. E, mesmo com dinheiro, nada se faz sem atitude.

 

Mobilização

Parece que está faltando entender o tamanho do problema que Manaus enfrenta com a fumaça. Os prefeitos de Iranduba, Manacapuru, Novo Airão, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Careiro da Várzea, Careiro Castanho, Manaquiri e Silves podem ajudar muito. Mas precisam ser mobilizados para combater as queimadas em seus Municípios. Prefeitura de Manaus idem.

 

Críticas

O senador e ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, foi muito criticado quando disse que o Brasil precisava “torcer para São Pedro ajudar” a resolver a crise de energia. E agora? As autoridades amazonenses torcem por chuva. Claro que isso resolve o problema, mas, e se não chover, os braços continuarão cruzados?

 

ICMS

Outra calamidade se anuncia sobre o Amazonas – e todos os Estados brasileiros. Na tentativa de agradar aos governadores, o Governo Dilma está autorizando o reajuste das alíquotas do ICMS. O governador José Melo pede que a Assembleia Legislativa reajuste a alíquota básica de 17% para 18%. O comércio e a indústria vão repassar para o consumidor. O governo quer R$ 350 milhões a mais. A vítima, o povo, assiste a tudo calado e indefeso.

 

Voracidade

Um economista podia calcular o que significam reajustes por conta do dólar, da gasolina, do gás, da energia, da inflação e agora do ICMS. Se o salário mínimo, que aguenta tudo isso, não foi reajustado, como é que essa conta fecha?

 

Reeleição na Fieam

Antônio Silva Barateiro foi eleito para o terceiro mandato à frente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). Vai para 12 anos no cargo.

 

O céu é o limite

A instituição chegou a, democraticamente, proibir mais de um mandato. Depois, com José Nasser presidente, admitiu a reeleição. Agora o céu é o limite. Há, porém, uma grave injustiça. O industrial de plantão na presidência faz um sacrifício pessoal. Precisa de tempo para gerir os próprios negócios. Com o sistema atual da Fieam, o presidente será reeleito pela eternidade. É cruel exigir tanto dele.

 

Furtadão

Esse negócio de perpetuação no comando da Fieam foi coisa de João de Mendonça Furtado, o Furtadão. Tudo indicava que havia ficado no tempo da ditadura. Está na hora de mexer no estatuto de novo, até para permitir a assunção dos muitos empresários capazes do setor.

 

Sai Gouvea, entra Frota

Saiu o coronel Gilberto Gouvea, entrou Marcus James Frota Lobato no comando da Polícia Militar (PM). Frota é do grupo de José Melo, desde priscas eras.

 

Impronunciado

Dia 25/09, segundo o site do Tribunal de Justiça do Amazonas, a juíza Mirza Telma impronunciou o coronel Frota no processo pelo assassinato do presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança, Vigilância e Transportes de Valores do Estado (Sindevam), Vamir de Souza Oliveira, em abril de 2013. Significa que ele iria ao Tribunal do Júri e não vai mais. Na quarta (30/09), a indicação dele ao comando da PM foi confirmada.

 

Gouvea

O coronel Gilberto Gouvea saiu disparando. Desancou, em off, o secretário estadual de Segurança, Sérgio Fontes. Verdade é que os dois não se falavam há muitos meses. Fontes e Gouvea chegaram a ser chamados pelo governador José Melo para, frente a frente, receberem ordem direta de “parar com isso”. Gouvea nem tchum. No discurso de saída, o coronel disse que “não se curvou a pressões” porque o cargo tinha hierarquia. Hierarquia foi tudo que não soube seguir. Depois de entrar no cargo passou a ser conhecido, nos bastidores, como “o coronel pavão”. Só não caiu antes pela lentidão característica de Melo.

 

Prince e o Ibama

O levantador de toadas e intérprete de escola de samba Prince do Boi afirma que não foi multado em R$ 35 mil pelo Ibama ou sequer notificado. Ele acrescenta, sobre as postagens no Instagram, que estava em Barreirinha e Anveres, nas duas fotos em que aparece, e chegou na hora do banquete de caboclos com tartarugas e outros animais sob proteção ambiental. Nas outras, apenas recebeu e repassou. “Foi tudo brincadeira”, garante. Alma muito simples, Prince aprendeu que brincadeira tem hora e lugar.

 

‘AM o jogo da bola’

O filme” AM o Jogo da Bola” é destaque no Festcineamazonia, em Porto Velho (RR). Será exibido num campo de futebol. Em 2016, a produção do amazonense Chicão Fill passará no Canal Brasil e na Globo Internacional, através do programa FootBrazil. Um sucesso.