“Barrigas d’água” são pegos pela população e ficam com a cara na lama por crimes praticados em Manacapuru. Britânica foi morta por grupo que agia igual

Chamados de “barrigas d’água”, bando acostumado a praticar roubos, tráfico e até homicídio, foi detido em Manacapuru após pescadores identificarem barco roubado no sábado. Eles foram detidos pela população que deu um castigo, colocando eles de cara na lama. Fotos: Divulgação

Chamados de “barrigas d’água”, criminosos que atuam nas margens dos rios para roubar, fazer tráfico de droga e até matar, cinco homens foram presos neste domingo (1), na comunidade do Lago do Arapapá, em Manacapuru (distante de Manaus a 84 quilômetros), suspeitos de roubarem uma lancha para cometer mais assaltos no rio Solimões.

A própria população ribeirinha da localidade, cansada do ataque dos mesmos, prendeu os homens e os amarrou. O bando foi colocado deitado com os rostos virados para a lama por cerca de meia hora até a chegada da Polícia Militar.

Os homens foram identificados como Charles Gomes Nunes, 27, Elielson da Silva Maia, 22, Felipe Ribeiro Martins, 20, Gessiney Monteiro de Souza, 20, e Fábio Júnior da Costa Faria, 28. Todos eles foram encaminhados à Delegacia Interativa de Manacapuru e devem responder pelo crime de roubo. A lancha, segundo a PM, foi devolvida ao proprietário.

Segundo informações da polícia, do 9º Batalhão da Polícia Militar (9º BPM), os cinco suspeitos roubaram uma embarcação de um comerciante no sábado, na comunidade do Laranjal.

Quando a PM chegou no local, retirou os suspeitos da lama. Conforme informações durante a prisão, os homens jogaram no rio as armas usadas para cometer crimes. Eles foram abordados por pescadores da região, que identificaram o barco roubado.

Os “barrigas d’água” e os “piratas do rio” são conhecidos por prática recorrente de crimes, por uso de violência e por serem usuários de drogas.

Caso mais recente e famoso

Um caso que tomou a mídia local e internacional também envolveu a participação de “barrigas d’água” que atuavam em Coari: Arthur Gomes da Silva, “Bera”; Erinei Ferreira da Silva, 28, de “Alfinete”, e Jardel Pinheiro Gomes, 19, o “Kael”, acusados pelo latrocínio da atleta britânica Emma Kelty, 43, estão presos no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) em Manaus, no KM 8 da BR-174. Um adolescente de 17 anos também foi apreendido por envolvimento no crime e estava na coletiva.

O delegado geral adjunto da Polícia Civil, Ivo Martins, lembrou que o assassinato da inglesa ocorreu no dia 13 de setembro e foi praticado por sete homens, chamados de “barriga d’água”, que costumam cometer com frequência crimes de roubo e homicídios, além de terem ligação com o tráfico de drogas entre os Municípios de Coari e Codajás. Dois ainda estão foragidos.

Os cinco suspeitos foram levados para a Delegacia Interativa de Manacapuru e devem responder pelo crime de roubo

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