Polícia esclarece detalhes do assassinato de servidora do TRT

Silvanilde Ferreira Veiga foi encontrada morta no apartamento onde morava no último dia 21. Foto: Reprodução

O suspeito pelo assassinato da servidora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Silvanilde Ferreira Veiga, 58, foi identificado como Kaio Claudino de Souza, 25. Ele foi preso na tarde desta terça-feira (31) em sua residência no bairro Coroado, zona Leste de Manaus. A servidora foi encontrada morta no apartamento onde morava no último dia 21 (sábado).

Segundo o delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, ao verificarem as câmeras de segurança que davam acesso a unidade habitacional, um agente de portaria chamou a atenção dos policiais por estar nervoso, claramente sob uso de entorpecentes e fazendo uso dos elevadores para ir em diversos andares. Em um determinado momento, ele parou no 14º andar e permaneceu lá por cerca de 13 minutos.

De acordo com a delegada Marília Campello, responsável pela zona que conduzia a investigação do caso, o acusado não trabalhava no condomínio Gran Vista, onde a vítima morava. Ele estaria ali somente para dar apoio pois aconteciam duas festas no local.

Imobilizada

A delegada relata que Kaio entrou no apartamento exatamente às 17h52 alegando para Silvanilde que precisava verificar o quadro de luz. Segundo informações da perícia técnica, a vítima não possuía nenhum tipo de marcas de defesa. As lesões encontradas indicam que ela foi imobilizada.

Nas câmeras de segurança também foi possível perceber Kaio andando na moto de ronda do condomínio com a blusa suja de sangue após o horário do crime. Posteriormente, ele aparece dobrando a manga ensanguentada, lavando ao mãos e depois trocando de roupa. Todo o fardamento também foi apreendido.

Ele teria saído do turno por volta das 18h, andou até o posto de gasolina e pegou um uber para casa. No trajeto, Kaio jogou o celular de Silvanilde pela janela próximo ao Carrefour da Ponta Negra.

Mensagem de “SOS”

Sobre a mensagem de “SOS” que a filha de Silvanilde recebeu no celular por volta das 22h, a delegada explica que a pessoa que encontrou o celular pode ter se confundido.

“Quando você tenta desligar o Iphone, tem uma seta que é o SOS emergência e outra seta pra desligar. A pessoa pode ter apertado errado ali. Acionado sem querer ali”, esclareceu ela.

Em depoimento, Kaio alega que viu Silvanilde do lado de fora do apartamento mexendo no celular e enxergou uma oportunidade de subtrair o aparelho. Ele teria batido e, quando ela permitiu a sua entrada, começou a exigir o celular e transferências via Pix. Ele nega ter cometido qualquer tipo de lesão física com as mãos na vítima, tendo desferido apenas um golpe. Contudo, os laudos periciais mostram que ela estava muito machucada.

A polícia afirma que Kaio bateu em diversos apartamentos, mas os moradores não estavam presentes. Foi deduzido que Silvanilde saiu rapidamente de seu apartamento para deixar o lixo ou ir ao carro buscar algo. Foi chegada essa conclusão, pois a vítima não estava arrumada.

Filha e genro

Não há indícios que a filha ou o genro de Silvanilde tenham envolvimento na morte da servidora. A polícia afirma que nada foi premeditado e trata-se de um latrocínio de oportunidade.

“Não houve comparsa, ele agiu sozinho. A arma do crime foi uma faca pequena que ele andava com ela para segurança própria”, disse a delegada Marília Campello.

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