Luiz Castro cai a qualquer momento e Seduc iniciaria mudanças no governo estadual. Conheça o substituto

Luiz Castro cai a qualquer momento

Luiz Castro cai a qualquer momento do comando da Seduc. Na foto, feita durante a campanha, ele repete gesto do falecido Jefferson Péres, em campanha (“Ninguém pega nesse braço magro”)

O secretário estadual de Educação (Seduc), Luiz Castro, está a um passo de ser demitido da pasta. A forma como a pílula será dourada ainda não está decidida. Mas não passaram em branco, em diversas auditorias internas, o abuso nas dispensas de licitações. Está aí, dizem fontes palacianas, o principal foco de desgaste da administração estadual. O panavueiro está muito perto de se concretizar. Ficou difícil esperar até a desincompatibilização dele, em abril/2020.

 

Histórico

Luiz Castro também caiu muito rápido na primeira passagem como secretário estadual. Foi titular da Secretaria de Produção Rural (Sepror) no primeiro governo Eduardo Braga. E saiu brigado com o chef, de forma irreparável. A partir de então adotou a postura de oposicionista. Moderado nos Anos Braga, logo se tornou um dos mais radicais.

 

Eleição 2018

O titular da Seduc se lançou ao Senado, em 2018, como zebra. Ao longo da campanha, porém, se aproximou do então radialista Wilson Lima. Surfou no sucesso eleitoral do companheiro de chapa. Por pouco não tira a vaga de Braga, que acabou atrás de Plínio Valério (25,36%). Eduardo Braga ficou com 18,45% dos votos (607.286) e Castro com 17,66% (581.553).

 

Quem ajudou quem?

Uma surda guerra de mídia envolve uma indagação sutilmente estimulada: quem ajudou quem, a obter votos, Wilson ou Castro? Os dois iniciaram como azarões. Wilson, no entanto, disparou à frente, enquanto os votos de Castro só apareceram na apuração. A dúvida, portanto, só existe para quem tem interesse nela, ou seja, Castro e seus partidários.

 

Prefeitura

O secretário estadual de Educação é candidatíssimo à Prefeitura de Manaus, no pleito do ano que vem. Tem o partido, a Rede Sustentabilidade, com mil juras de fidelidade de Marina Silva. Obtendo caixa prescindiria, avaliam aliados, até do apoio de Wilson Lima. Melhor ainda se fomentar o papel de vítima, na saída do governo.

 

Sai ou não sai

Luiz Castro está em São Paulo. Teria sucumbido a problemas de saúde, semelhantes aos que lhe ocorreram na campanha. Vieram em momento oportuno, justo quando a saída da Seduc estava alinhada. Ele perde aliados, no segundo e terceiro escalões do governo. Exemplo é o delegado João Victor Tayah Lima, ouvidor geral da Secretaria de Segurança. A última resistência, cada vez mais solitária, seria o próprio governador. Wilson Lima tem mantido uma postura de “última linha de defesa” dos companheiros de campanha.

 

Substituto

A Seduc, no caso de formalizada a dispensa de Luiz Castro, teria um substituto: o secretário-executivo Luís Fabian. Dizem que é o único que transita com todos, do atual titular à cúpula do governo. Passando, ao mesmo tempo, pelos principais aliados políticos e empresariais do establishment.

 

Outras mudanças

Haveria outras mudanças no governo do Estado. Elas viriam após a queda de quem é tido como “elemento político do secretariado”.

 

Djalma vem após Constantino

As confluências das ruas Pará e João Valério, na avenida Djalma Batista, são os próximos alvos da Prefeitura de Manaus. O cronograma das passagens de nível na esquina com a Constantino Nery está avançado. E a obra deve ficar pronta antes do previsto, o mês de fevereiro de 2020.

 

Manaus x Brusque

O Manaus FC já havia atingido o alvo, a classificação para a Série C 2020, mas lutou muito pelo título nacional da Série D. A derrota nos pênaltis para o Brusque, sofrida diante de 44 mil torcedores, só mostrou a importância de investimentos. O representante amazonense precisará de R$ 1 milhão por mês, ano que vem, para brigar pela Série B. Ou R$ 500 mil, para não cair. A queda, ano seguinte após a subida, seria humilhante. Parabéns aos jogadores e à diretoria pela bela campanha de 2019. Há muito trabalho pela frente.

 

Ingressos numerados na Arena

O secretário estadual da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), Caio André, anunciou que assentos da Arena da Amazônia serão renumerados. Falta só 10% do total. Ele deu a declaração no calor da confusão gerada na partida Manaus x Brusque, com gente em pé nos corredores. O amazonense, por decisão judicial, vai assistir sentado aos jogos da Série C de 2020. Pagou mais de R$ 700 milhões por isso. Merece.

 

A lição de Tancredo

Essa é clássica. Tancredo Neves, eleito presidente da República (1985), foi procurado por um aliado. “Presidente, todos estão dizendo que farei parte do Ministério. A imprensa está me procurando. O que eu digo?” Tancredo: “Diga que você, convidado, recusou”.

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