Conheça prováveis nomes no secretariado de Wilson Lima para Susam, Seduc, Sefaz e SSP. E o Panavueiro da campanha

Conheça prováveis nomes no secretariado de Wilson Lima

Conheça prováveis nomes no secretariado de Wilson Lima, no momento em que ele já se prepara para anunciar a comissão de transição

Surgem os primeiros nomes no provável secretariado do governador eleito Wilson Lima. As pastas principais já têm os seus favoritos. As secretarias de Educação, Saúde, Fazenda e Segurança têm os titulares praticamente definidos. Faltam só os últimos entendimentos, o entrosamento dos favoritos com a comissão de transição e eles serão confirmados. Veja a lista abaixo, um por um, para conferir quando o anúncio oficial vier.

 

Educação

O favorito para a Secretaria Estadual de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc) é o deputado estadual Luiz Castro. Ele leva, na avaliação dos mais próximos de Wilson Lima, qualquer pasta que quiser. Foi companheiro de primeira hora do candidato e não se afastou dele, mesmo sofrendo um infarto durante a campanha. Luiz Castro também aparece como provável titular de uma recriada Secretaria Estadual de Governo (Segov). Aí então optaria pela proximidade do governador e seria uma espécie de “primeiro-ministro”. Castro deu um susto no senador Eduardo Braga e quase toma a vaga dele no Senado.

 

Fazenda

O ex-secretário municipal de Economia e Finanças (Semef) Ulysses Tapajós tem sido muito elogiado por A Crítica. Como funcionário da TV A Crítica, Wilson Lima tem ligação estreita com o comando da Rede Calderaro. Ulysses é um dos favoritos para a Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz). Ele estava, semana passada, em Washington. Foi convidado pelo Banco Mundial (Bird) para falar sobre a experiência na Prefeitura de Manaus. Participou de encontros até quinta-feira e se recusou a falar sobre a Sefaz. “Não fui convidado, nem sondado, nem sei nada sobre isso”, esquivou-se. Mas é tido como primeiro da lista para dirigir a economia estadual, sob o comando de Wilson.

 

Saúde

O médico Rafael Benoliel, que é presidente do Instituto de Traumato-Ortopedia do Amazonas (ITO), aparece no topo para a Susam. Ele comandou uma rebelião contra a Secretaria Estadual de Saúde, já na gestão Amazonino Mendes. Parou diversos serviços do ITO, no Estado, até receber pelo menos a promessa de pagamento de três meses de salários atrasados. Amazonino o “acusou” de fazer parte da campanha de Wilson Lima. E Benoliel, com efeito, deu um tempo no doutorado nos Estados Unidos para se juntar ao grupo do novato. Agora está na frente nas listas para comandar a Susam.

 

Segurança

O general da reserva Franklimberg Ribeiro de Freitas, 62, foi um dos conselheiros mais presentes na campanha de Wilson Lima. Chegou a ser citado várias vezes pelo governador eleito. Ele foi diretor de relações institucionais do Comando Militar da Amazônia (CMA). Assumiu a presidência da Funai em 9 de maio de 2017 e saiu em 2 de maio de 2018. É doutor em Ciências Militares pela Escola do Comando e Estado Maior do Exército. É filho, neto e bisneto de mulheres indígenas. Só não assume a Secretaria Estadual de Segurança (SSP) se não quiser. E, ainda assim, indicaria o nome do secretário.

 

Líderes sem rostos

Wilson Lima não conheceu os líderes de sua campanha em 48 Municípios do Amazonas. Não teve tempo para apertar as mãos deles pessoalmente. Mas recolheu muitos votos pela articulação dessas lideranças, em cada um desses locais.

 

Alô Amazonas

O governador eleito cumpriu agenda nesta segunda-feira (29/10). Parece que ainda está “pilhado” pela campanha. Foi à Manaus Moderna, agradecer votos dos feirantes. Deu entrevista a programa de rádio da Rede Calderaro e até voltou ao “Alô Amazonas”. Na plataforma onde se projetou para a vitória, Wilson agradeceu aos telespectadores, abraçou colegas de trabalho, fez muitas selfies. E passou o bastão para Clayton Pascarelli, que apresentava interinamente o programa e agora é o titular.

 

Amazonino sem ‘maquiagem’

O governador Amazonino Mendes apareceu, num vídeo amador, para desejar boa sorte a Wilson Lima e agradecer pelos votos. Parece que foi abandonado pelo marketing apurado da campanha eleitoral. O vídeo, desfocado, mostra um Amazonino descabelado e visivelmente impactado pela derrota. Um general derrotado e abandonado no campo de batalha pela assessoria.

 

Saída inglória

Amazonino Mendes perdeu uma bela chance de fechar com chave de ouro a carreira mais bem sucedida da política amazonense. Dono de quatro mandatos no governo estadual, três na Prefeitura e um no Senado, podia dormir sem derrota para novato. Empurrado pela vaidade pessoal e os interesses do círculo conhecido como “cerca de jurubeba” errou ao tentar a reeleição. Poderia virar o árbitro da própria sucessão, cumprindo os compromissos assumidos com aliados e se retirar em grande estilo. Agora entra para a história como único prefeito de capital que nem teve popularidade para se candidatar à reeleição. E o único governador do Amazonas que não se elegeu, desde a redemocratização, tendo a máquina estadual nas mãos.

 

Sentimento e realidade

Wilson Lima se elegeu representando um sentimento. A sede de novo o empurrou para a vitória. Agora, o sentimento, a vontade que povoou o mundo virtual, passa para o mundo real. É aí que o Wilson, de carne e osso, precisa corresponder àquele ideal, que estava nas mentes do eleitorado. A lua-de-mel com o poder, os primeiros meses do mandato, começa a se diluir já na formação da comissão de transição. A partir daí o governo Wilson Lima deixa de ser uma ideia para virar rostos, pessoas e gestos concretos. Aí a bronca é com ele.

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