Facção criminosa ou grupo terrorista?

“Hezbollah pode dominar o PCC”, foi o que disse a consultora de risco especializada em comércio ilícito, em entrevista dada à revista ISTOÉ, Vanessa Neumann. A situação é grave, pois como é de conhecimento público esta facção já domina a fronteira do Paraguai e já mostrou interesse em municípios na calha do solimões, por intermédio de piratas.

É fato, também, que a facção ja dominou presídios de Roraima, tendo que, inclusive, ser decretada intervenção Federal no Estado vizinho. Ainda na entrevista, Neumann afirma que estima-se um desvio de dinheiro da Venezuela em cerca de US$ 400 bilhões de dólares, nos Governos Chavez e Maduro, fato este que culminou na grave crise humanitária naquele País. No Amazonas esta facção não possui força. Contudo, sabemos que nossa tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Perú) é aberta e isso sem dúvida pode favorecer a infiltração destes criminosos.

Está comprovado, por meio de especialistas e estudiosos, que as facções possuem laços fortes com organizações terroristas. Portanto, direta e indiretamente, as Organizações Criminosas nascidas no Brasil estão financiando o terrorismo pelo mundo. Diante disso, já se faz necessário uma discussão ampla sobre considerar determinadas facções como células terroristas.

Terrorismo no Brasil é pouquíssimo discutido. Porém, chegou a hora de endurecermos o combate e tratar o assunto com a seriedade que o caso requer. O tráfico de drogas e o contrabando de mercadorias, portanto, financia a organização islâmica xiita que, segundo estimativas, movimenta silenciosamente na fronteira do Paraguai a quantia de US$ 43 bilhões de dólares ao ano.

Delegado Guilherme Torres

Delegado Guilherme Torres

* Guilherme Torres é Delegado de Polícia. Titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos ...

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1 comentário

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  1. Papa Hunter disse:

    Delegado, interessante seu artigo. Porém para que a polícia avance é necessário investir em gestão e tecnologia. Tudo o que não temos hoje na Polícia Civil, pelo contrário, o que se vê são investiduras em cargos de chefia por critérios mais políticos que técnicos. Uma disputa por cargos que desconstrói todo um trabalho construído jogado água baixo por quem entra. Companheirismo? Não existe. Existe sim puxada de tapete e ingratidão.