O quadro da disputa da eleição, com Arthur apoiando Omar, Amazonino e David candidatos, Braga solitário

O quadro da disputa da eleição

O quadro da disputa da eleição para o governo do Amazonas fica mais definido após o anúncio de que o prefeito Arthur Virgílio apoiará o senador Omar Aziz. Amazonino (esquerda), Omar (centro) e David Almeida são os principais candidatos

O apoio do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, ao senador Omar Aziz, precipitou a disputa pelo Governo do Amazonas. Três candidaturas despontam na briga pelo posto mais alto do Estado. Omar Aziz e o prefeito formam uma frente de oposição ao governador Amazonino Mendes. Enquanto isso, correndo por fora, o presidente da Assembleia Legislativa, David Almeida, busca se viabilizar como terceira via.

Há outras nuances.

O senador Eduardo Braga, candidato à reeleição, já anunciou que não fará alianças no 1º Turno. À frente nas pesquisas, Braga imagina poder transitar entre todos os grupos, sem ninguém para perturbar essa atual liderança. Espera que, acirrada a disputa pelo Governo, os candidatos o deixem seguir tranquilo e briguem apenas pela segunda vaga senatorial.

Tudo que Amazonino queria evitar se materializa. Omar tem agora a máquina para combatê-lo. Espera-se mais ferocidade no teatro de operações chamado asfalto. Arthur anuncia, há meses, contar com R$ 320 milhões para a empreitada de verão. Amazonino tem na manga licitação de R$ 165 milhões, com o mesmo objetivo. Manaus agradece se os dois se engalfinharem nessa disputa.

Alívio mesmo só naqueles que viam na junção das máquinas do Estado e da Prefeitura uma espécie de veredito antecipado. Os demais, todos, têm muito a perder.

Arthur quer deixar a Prefeitura saneada. Encontrará, porém, muita dificuldade se tiver pela frente, na reta final da gestão, um Amazonino com sangue nos olhos. Daí se pode avaliar o tamanho do compromisso que assumiu, no combate ao governador, novamente adversário.

Amazonino, eleito em composição articulada, entre outros, por Omar, extirpou o senador e seus partidários do Governo. Enfrentará a ira do senador, se perder, com indesejável devassa no ano e três meses de sua administração.

 

Sinuca

David Almeida tem diante de si uma sinuca. Se não mantiver a candidatura abrirá mão da liderança que assumiu em setores como Educação e PM. Perdendo ficará sem mandato, na planície. Estará sujeito a intempéries, com o julgamento das contas dos cinco meses em que administrou o Governo ainda pendente.

O radialista Wilson Lima, que aparece com surpreendente destaque nas pesquisas para o Governo, terá que escolher um aliado. A Rede Calderaro, que catapulta a candidatura dele, está rompida com a Prefeitura. Foi o ataque diário ao prefeito, aliás, que cunhou os atuais percentuais dele. Parênteses: se for resolvida a questão dos buracos na cidade, principal alvo de Wilson, muito disso pode ruir. Resta saber se a empresa topará voo solo, abandonando também o Governo do Estado. Isso sinalizará que, em caso de 2º Turno com ele, ficará  com Omar Aziz. O senador sempre perdoou críticas e manteve a amizade com a direção.

A composição que resta a Wilson, como alternativa ao voo solo, é com David Almeida. As outras chapas majoritárias já têm seus vices. Amazonino deve ir de Rebecca Garcia. E Omar Aziz de Arthur Bisneto.

Espera-se agora que os candidatos comecem a apresentar propostas. Passou o período puramente político, o das composições pré-convenções, e o eleitor tende a ser mais exigente no período eleitoral. É no embate de tese, antítese e síntese que se construirá um plano para enfrentar o marasmo amazonense. E o estuário para cobranças do eleito, a partir de 2019.

O Amazonas espera muito da eleição. Depende dela. Os candidatos precisam se mostrar à altura dessa esperança.

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1 comentário

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  1. Pela fé impossível meu povo cogitar esses forasteiros corruptos como melhor opção….Amazonino tem mais q se aposentar….desse trio ai….David é a bola da vez….temos q dar chances a novos…para provar inclusive….q as administrações destes….nos levou à situação atual…não a candidatos antigos….q enruqueceram às nossas custas…assim devemos proceder para presidente também!