Duas rodas e múltiplas possibilidades: Produção cresce 10% nos primeiros cinco meses de 2018 no PIM

Este crescimento comprova a tendência de expansão projetada para o segmento em 2018. Foto: Divulgação

Usadas para o lazer ou esporte, a bicicleta tem funções múltiplas que invadem e influenciam até mesmo a economia de todo um Estado. Isso é tão certo e impregnado na realidade amazonense que as fábricas de bicicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) produziram, de janeiro a maio, um total de 281.089 unidades. Essa produção representa uma expansão de 10% sobre as 255.567 unidades fabricadas na mesma época há um ano, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), nesta terça-feira (12).

De acordo com João Ludgero, vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, este crescimento comprova a tendência de expansão projetada para o segmento em 2018. A expectativa inicial era de uma alta de 9% na produção total deste ano, atingindo 727 mil unidades, em comparação com o volume fabricado no ano passado, que havia ficado em 667.363 unidades.

Ele explicou ainda que apesar do cenário econômico e político instáveis no país, há um sólido crescimento na primeira metade do ano. “Acreditamos em crescimento de um ou até dois dígitos para o ano e, portanto, pretendemos avaliar as projeções no início do segundo semestre. A procura por bicicletas de alto valor agregado, que correspondem em grande parte à produção atual de Manaus, está impulsionando positivamente o mercado”, comenta Ludgero.

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Conforme os dados da Abraciclo, os volumes de bicicletas produzidas no PIM foram distribuídos para a comercialização, nos primeiros cinco meses do ano, nas seguintes regiões do País: Sudeste, com 50% das unidades; Sul, 24,3%; Nordeste, 13,3%; Centro-Oeste, 7,5%; e Norte, com 4,9%.

Desempenho 

Ainda de acordo com a Abraciclo,  em maio foram produzidas 61.020 bicicletas no PIM, o que representa uma alta de 1,4% sobre o mesmo mês em 2017 (60.195 unidades). Já na comparação com abril do presente ano (61.370 unidades) houve praticamente uma estabilidade, considerando-se que ocorreu uma variação negativa de apenas 0,6%.

Os dados divulgados mostram também que em maio foram produzidas 34.392 bicicletas da categoria Urbana, correspondendo a uma retração de 2,3% sobre abril (35.199 unidades). Mountain Bike, MTB, contou com 26.170 unidades, aumento de 2,8% na comparação com o mês anterior (25.466 unidades). A categoria Estrada, totalizou 458 unidades, significando uma queda de 35% sobre abril (705 unidades). Em participação, a Urbana aparece no topo do ranking, com 56,4%, seguida de MTB, com 42,9%, e Estrada, com 0,8%.

Observa-se que o segmento MTB vem crescendo principalmente porque é um tipo de bicicleta muito utilizada para o uso urbano, apesar da sua aplicação clássica como veículo off-road.

Exportação x Importação

De acordo com os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) analisados pela Abraciclo, a importação de bicicletas em todo o território nacional totalizou 1.731 unidades em maio, queda de 61% na comparação com o mesmo mês do ano passado (4.438) e retração de 66% em relação a abril do presente ano (5.097).

Na análise dos primeiros cinco meses do ano, foi registrado o volume de 38.558 unidades, o que representa recuo de 6,3% sobre o mesmo período de 2017 (41.166).

Já as exportações registraram elevação de 150,59%, sendo 634 unidades embarcadas para outros países em maio deste ano, ante 253 unidades no mesmo mês ano passado. Na comparação com abril do presente ano (269 unidades), o volume exportado em maio cresceu 135,7%.

No acumulado, foram exportadas 2.982 unidades, significando um aumento de 21,7% sobre as 2.451 bicicletas embarcadas para outros países no mesmo período de 2017. O Paraguai foi o principal destino das exportações, com 2.172 unidades, seguido pela Bolívia (654), México (150) e Colômbia (6 unidades).

Estímulo

Ecologicamente correta e de baixo custo, motivos não faltam para estimular o uso das bicicletas em Manaus,  mas infelizmente ela está longe de ser a solução para erradicar o caos no trânsito, já que a cidade não está prontas para recebê-las, por falta de ruas sem buracos e ciclovias, por exemplo. E se não fosse por isso, a bicicleta seria sem dúvida, não apenas um transporte alternativo, mas sim a dona do espaço nas vias públicas e na vida de muita gente que busca saúde e bem estar.

Bruna Chagas

Com informações da assessoria

 

 

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