Corregedor do TJAM encerra gestão com 89% dos processos solucionados. Ele assume no TRE-AM

Desembargador Aristóteles Thury assume vice-presidência do TRE-AM nesta sexta-feira. Foto: Arquivo TJAM

O corregedor-geral de Justiça, desembargador Aristóteles Lima Thury, após 22 meses à frente do órgão correicional do Judiciário do Estado, se despede do cargo para assumir, nesta sexta-feira (4), às 10h, em solenidade que acontece no auditório Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro, no prédio anexo ao edifício sede do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), na zona Centro-Sul de Manaus, a vice-presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), na vaga do desembargador João de Jesus Abdala Simões, que na mesma solenidade tomará posse na presidência da Corte Eleitoral.

Durante o tempo que esteve à frente da Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas (CGJ/AM), Thury recebeu 3.790 processos, dos quais 2.836 foram solucionados e outros 611 foram redistribuídos ao juízo competente para a resolução da demanda, contabilizando 89,2% de produtividade em relação ao número de processos recebidos.

Celeridade

De acordo com o corregedor, desde o início da gestão a orientação dada à equipe de trabalho foi agir com seriedade e celeridade.

“Em julho de 2016, quando assumimos, contabilizamos um acervo de 511 processos na corregedoria. Em 22 meses de trabalho foram distribuídos mais de 3,7 mil processos para a minha serventia. Hoje, deixo a corregedoria com 478 ações em andamento e uma boa sensação de dever cumprido”, afirmou Thury, que no mesmo período proferiu 3.950 despachos, conforme dados estatísticos do Sistema Automação da Justiça (SAJ) utilizado pelo TJAM.

Balanço Social

Ainda segundo o desembargador Aristóteles Thury, suas preocupações, enquanto corregedor superavam a atuação jurídica.

“Em quase dois anos à frente da Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas pautei-me pela Justiça, sem nunca perder de vista o viés social e a responsabilidade ambiental em minhas ações como agente público”, disse o magistrado.

Na questão social, ele destaca duas ações que a Corregedoria do Amazonas realizou junto a grupos específicos da população: uma delas já existe há alguns anos e está ligada ao trabalho realizado pelo setor de certidões da CGJ-AM, em parceria com os cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais, que atende a população hipossuficiente acerca de procedimentos registrais de retificação, suprimento e restauração de registros públicos e registro tardios, de forma gratuita.

“Assim, é garantindo o acesso ao exercício da plena cidadania daqueles que muitas vezes se veem excluídos de oportunidades”, destaca o corregedor. “Só nos últimos dois anos foram realizados mais de 42 mil atendimentos entre orientações, solicitações de 2a Via e entrega de certidões”, ressalta.

Penitenciária

A outra ação diz respeito a um projeto denominado “Letras da Liberdade”, lançado em novembro de 2017, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, que incentiva a doação de livros paradidáticos para a revitalização do acervo das bibliotecas prisionais do Estado e estimula a aplicação do instituto da remição.

“O sucesso foi tanto que foi necessário suspender as arrecadações para organizar e cadastrar o acervo acumulado de janeiro a março deste ano, dado o volume de doações espontâneas”, comemora Thury.

No aspecto ambiental, o corregedor enfatiza as iniciativas inéditas implementadas para o desenvolvimento da consciência ecológica dos servidores do órgão, apontando projetos como o “Corregedoria Mais Verde”, o “Sementes da Vida”, o “Circuito Tela Verde” e ações como a carboneutralização de sua própria cerimônia de posse, que culminou no plantio de 500 árvores para efeito de compensação ambiental.

“Deixo a Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas com a certeza de que plantei sementes, de forma figurativa e também literal, para a construção de uma sociedade mais autossustentável e ambientalmente responsável.”, avalia.

Destaque Ambiental

Em 2017, o projeto “Sementes da Vida” recebeu destaque da ONU, como exemplo de boas práticas ambientais, e foi divulgado na página da organização para conhecimento mundial.

A indicação partiu do escritório central do Instituto Soka Gakkai, no Japão, considerando o ineditismo da iniciativa. O mesmo projeto foi inscrito no Prêmio Innovare deste ano, na categoria Tribunal.

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