As diferenças entre José Melo e Eduardo Braga na gestão do Estado do Amazonas

braga-melo 2O TRE-AM cassou o mandato do governador José Melo, nesta segunda-feira (25/01), por 5 a 1. O que vem depois? A posse do senador e ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, é o que aponta a legislação. Agora é hora de analisar, friamente, as diferenças de gestão entre Melo e Braga. Um dos dois, afinal, estará à frente do Governo do Amazonas nos próximos tempos. A primeira diferença é que o atual governador, por contingências da campanha de 2014, teve o apoio decisivo do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, opositor declarado do Governo Dilma, e de um ex-governador Omar Aziz ainda ressabiado por ter sido preterido na própria eleição por Alfredo Nascimento. Do outro lado, Braga apoiava Dilma com todas as forças. Resultado é que Melo, embora não tenha apoiado formalmente Aécio Neves, como o prefeito Arthur Neto, recebe do Governo Federal só o que é obrigatório, constitucionalmente, ficando de fora de qualquer verba extra. Eduardo Braga, premiado com o ministério, teria a chance, imediatamente, de trazer verba nova para o Amazonas – inclusive, quem sabe?, algo a fundo perdido. Alguém vê Melo construindo uma obra do porte de um Prosamim ou de uma Ponte Rio Negro? Não. Braga tem arrojo e comando da máquina para obras assim, que trariam salutar circulação de divisas, emprego e renda para a economia amazonense, nesta hora de crise.

 

Defeitos

Braga executa obras grandes, mas provoca temor, pelo espírito vingativo e prepotente, capaz de perseguir adversários até o último suspiro. Foi esse, em resumo, o maior adversário dele – fora a máquina do Estado -, na derrota de 2014. E tem um recorde de aditivo, na gigantesca obra da Ponte Rio Negro, que começou custando R$ 300 milhões, foi para R$ 600 milhões e terminou em R$ 1,070 bilhão.

 

Indeciso

Melo vai angariando, ao longo da gestão no Governo do Estado, a fama de tibieza, lentidão, indecisão. E de delegar a gestão estadual a grupos, como o comandado pelo irmão dele, o secretário extraordinário Evandro Melo. Também é acusado de gerir pensando apenas em arrecadar, sem nenhuma ação que incentive o desenvolvimento do Estado.

 

Posse

Quanto tempo vai demorar para que a sentença do TRE-AM seja executada? É uma incógnita. Já houve casos em que condenados empurraram decisões judiciais até o fim de seus mandatos. Mas o Brasil está mudando e magistrados estão cada vez mais conscientes de que decisões teratológicas (monstruosas) provocam reações nas ruas, onde estão filhos, esposas e demais parentes deles. Ou seja, os magistrados estão descobrindo que estão no mundo. Daí que, lá para o final de março, os autos devem estar maduros para que um juiz determine a posse de Braga.

 

Indústria ameaça se rebelar contra fundos

Indústrias instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) entraram na Justiça e várias delas deixaram de recolher a Taxa de Serviços Administrativos (TSA), recolhida pela Suframa. Alegaram que estava sendo desviada de sua destinação. Agora, pelo mesmo motivo, ameaçam ir à Justiça contra o Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas (FTI), Fundo de Fomento às Micro e Pequenas Empresas (FMPES), fundo da UEA e de Infraestrutura, todos recolhidos pelo Governo do Estado.

 

Valores

O FTI recolheu R$ 835.445 em 2014 e R$ 812.841 em 2015; O FMPES R$ 83.752 e R$ 78.819; Infraestrutura R$ 111.202 e R$ 88.826; UEA R$ 278.051 e R$ 279.032. Como se vê, todos arrecadaram um pouco menos em 2015, cujos números estão fechados até dezembro, exceto a UEA. Foram R$ 1.308.450 (R$ 1,308 bilhão) em 2014 e R$ 1.259.518 em 2015 (R$ 1,259 bilhão). É um dinheirinho bom, que o Estado não pode, nem deve dispensar.

 

Razão

Essas taxas foram criadas a título de compensação para o interior do Amazonas. O Estado abre mão de ICMS, incentivando as indústrias, e com isso diminui o bolo a ser distribuído às prefeituras. Daí entram as taxas, como compensação. Só que, entrando no bolo do orçamento do Estado, para investimento em obras estaduais, os prefeitos não estão vendo nem o azul dessa grana.

 

Jacaré x Vitor Belfort

Dia 14 de maio, Ronaldo Jacaré, o capixaba que se tornou campeão no Amazonas, enfrenta a luta mais difícil de sua carreira. Pega o também brasileiro Vitor Belfort, em fim de carreira e disposto a dar o que lhe resta de forças para continuar no jogo. O confronto, no Brasil, promete.

 

Aldo x Pizzonia

Enquanto espera por novo confronto com Connor Mcgregor, para quem perdeu o cinturão, em 13/12/2015, o amazonense José Aldo fará jogo filantrópico em Manaus. Enfrentará time dos amigos do piloto Antônio Pizzonia, dia 27/02, na Arena da Amazônia. Ano passado, contra os amigos do veterano artilheiro Delmo, Aldo conseguiu arrecadar 19,824 toneladas de alimentos para as vítimas da enchente. Ele repetiu em Manaus que só volta a lutar se for contra o irlandês.

 

Joilto x David Assayag

A outra disputa de UFC, entre o presidente do Caprichoso, Joilto Azedo, e o levantador de toadas David Assayag, parece estar sendo decida pela realidade. Vai faltar dinheiro. E, para pagar os R$ 214 mil do contrato de David, Joilto terá que manter os cachês dos demais itens do bumbá. Mas já está negociando, de um por um.

 

Joilto x David Assayag (2)

Leia, sobre a polêmica do desmonte dos bumbás, o artigo do advogado e compositor do Caprichoso Ariosto Braga, que veio a propósito do editorial deste portal O erro histórico dos responsáveis pelo desmonte-canibalismo do Festival Folclórico de Parintins. Muito bom.

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1 comentário

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  1. Benedito disse:

    Ele tem mais conhecimento e audácia pra desviar cada vez mais