Disputa por mando na eleição de 2016 anima votação no TRE-AM e traz à moda uma nova expressão: ‘efeito suspensivo’

Melo, Arthur e Braga estão no centro da disputa política em curso nos bastidores

Melo, Arthur e Braga estão no centro da disputa política em curso nos bastidores

O governador do Amazonas, no cenário de crise, com prefeitos na pindaíba, terá posição de destaque na eleição municipal de 2016. Isso inclui, claro, a Prefeitura de Manaus, que é a cereja do bolo. É isso o que anima os processos em andamento no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e que torna ainda mais importante o resultado da votação em curso na corte, com iminente derrota do governador José Melo e caminho aberto para a posse de Eduardo Braga. A “pedalada” governamental que entregou R$ 1 milhão a Nair Queiroz Blair, irregularmente, segundo cinco dos seis juízes com direito a voto no processo, dificilmente terá outro desfecho que não a cassação do governador. O que se discute agora é o tempo, até que isso ocorra na prática, com a saída dele do Governo.

 

A favor de Melo

Os mais otimistas nas hostes de José Melo afirmam que, entre publicações, embargos e demais recursos, o governador fica no cargo até o começo de 2017. O principal instrumento para isso é o “efeito suspensivo”, que adia o cumprimento da decisão do TRE-AM para quando o processo transitar em julgado, isto é, esgotar todos os recursos em instâncias superiores, como Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e até mesmo Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Contra Melo

Márcio Rys, o sexto e último voto do TRE-AM, que pediu vista, prometeu devolver o processo na primeira sessão de 2016, aí por volta da segunda quinzena de janeiro. Deve trazer um voto divergente, contra a cassação de José Melo, deixando o placar final em 5 a 1 pela troca por Eduardo Braga. Para quem aposta nessa hipótese, a troca no comando do Governo do Estado se daria 60 dias depois. Só a obtenção do efeito suspensivo, no TSE, evitaria isso.

 

O fator Arthur

Ex-ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República e ex-senador, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, seria a principal motivação do ministro Eduardo Braga para voltar ao Governo do Estado. Barra a reeleição dele é fator decisivo para 2018. Mas Arthur também deve usar o trânsito nos tribunais superiores, que ganhou graças ao trabalho em Brasília, a favor do aliado José Melo. Governador, a favor ou contra, é decisivo na eleição municipal de Manaus.

 

Voluntariado

O número de estrangeiros que se candidatam a trabalhar como voluntários na Olimpíada 2016, em Manaus, é expressivo. Estados Unidos aparecem na frente. A razão é que, em países desenvolvidos, o voluntariado conta ponto na hora de disputar empregos.

 

Comércio

A Zona Franca de Manaus oferece 100 mil empregos. Chega, contando os indiretos, entre 300 mil e 400 mil empregados. E os outros amazonenses, cuja população beira os 4 milhões, onde trabalham? A maioria no comércio. Que, além de maior empregador, também é o maior anunciante estadual. Essa força econômica, porém, não se transforma em poder político, nem consegue combater o arrocho nos impostos, como o recente reajuste do ICMS de 17% para 18%.

 

Parintinenses

A pavulagem tá grande na Ilha. Gabriel Soares da Cruz Cassimiro, do Colégio N. S. do Carmo, ganhou medalha de ouro na Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Outros 18 parintinenses passaram para Medicina, no vestibular 2016 da UEA, 15 deles de escolas públicas estaduais. A cunhã-poranga do Garantido, Verena Ferreira, está nesse grupo. Realizou um sonho e mostrou que une a beleza à garra e inteligência. #orgulhoparintinense.

 

José Roque Marques, vice-corregedor nacional

joseroqueO procurador de Justiça e corregedor do Ministério Público Estadual do Amazonas, José Roque Marques, é o novo vice-corregedor nacional dos Ministérios Públicos. Ele também acaba de percorrer 50 mil quilômetros, nas idas e vindas para cumprir o ciclo de três anos com a correição em todos os Municípios amazonenses. Parabéns.

 

Arena da Amazônia

Eventos na Arena da Amazônia esteve lotada desde a inauguração, no jogo entre Remo e Nacional (foto)

Eventos na Arena da Amazônia esteve lotada desde a inauguração, no jogo entre Remo e Nacional (foto)

Sob risco de se tornar um “elefante branco”, a Arena da Amazônia recebeu eventos, entre jogos e shows, desde agosto de 2014 até este mês, que renderam em torno de R$ 26 milhões. Nada mal. O que é ruim é o quanto desse montante ficou para o Estado: R$ 3 milhões.

 

Copa

Quanto a Arena da Amazônia – e o Amazonas – faturaram com a Copa 2014? Nada. Nem um centavo. Graças à renúncia fiscal do Governo Dilma, Joseph Blatter e companhia, hoje denunciados por corrupção, levaram até o último tostão furado do Brasil. Os cálculos são de que deveriam deixar US$ 1,1 bilhão em impostos em solo nacional.

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3 comentários

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  1. Pedro Sampaio da Costa disse:

    Toda e qualquer irregularidades na administração pública, deve ser corregida e punido os causadores, o que mais me intristece é a falta de fiscalização por parte do Tribunal de Contas do Estado (TCE), nos município do Interior, Canutama, por exemplo o absurdo de notas frias, licitação falsas, convênios para contrução e feito apenas reforma, repasses da Defesa Civil e total desvio e muitas outra irregularidades, precisamos de urgentemente da presença da imprensa para denuciar essas irregularidades, pq pessoas fisícas que denuciar, corre risco de morrer!!

  2. GENIVAL disse:

    ESSE EDUADOR BRAGA FEZ TANTO E NINGUÉM FEZ NADA ENTÃO VAMOS DEIXA MENO O VICE GOVERNADO HENRIQUEOLIVEIRA TRABALHA COMO GOVERNADOR DO AMAZONAS E NÃO ESSE TAL DE EDUADOR

  3. ROBERTO BERNARDES DE ANDRADE disse:

    O T C E É COMANDADO PELO EXECUTIVO, QUE APROVAM TUDO DO GOVERNADOR,INCLUSIVE AS CONTAS DOS MUNICÍPIOS DOS SEUS ALIADOS, POR ISSO TUDO É UMA FESTA ?