Reajuste de energia, vingança e escárnio da Aneel pela ‘ousadia’ da derrubada na Justiça das bandeiras tarifárias

 

energia

Conta de energia dos amazonenses vai ficar mais salgada a partir de 1º de novembro. Foto: Divulgação

O reajuste nas tarifas de 38% no consumo residencial e 42% no industrial, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), é ato de vingança e escárnio. Só pode ser. Parece que os diretores ficaram “zangadinhos” pela ousadia amazonense de buscar e obter guarida na Justiça contra o argumento de que, interligado ao sistema nacional, o Estado tinha que pagar pela seca no Sul/ Sudeste. Oferecem agora à operadora, Eletrobras Amazonas Energia, reajuste diferenciado, maior que os dos demais Estados. E o argumento é o contrário: por não estarem interligados ao mesmo sistema, os amazonenses devem pagar mais pela energia, a ser comprada de operadores independentes. É demais. Tomara que a revolta popular adote as proporções merecidas.

 

Procons

Os diretores dos Procons municipal, Alessandro Cohen, e estadual, Rosely Fernandes, foram aos ministérios públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF) e decidiram que, até sexta-feira (30/10), ingressam com nova ação contra o reajuste autorizado pela Aneel. É aquilo que os operadores do Direito chamam de “líquido e certo”. Tomara.

 

Aneel e Braga

As agências reguladoras, como a Aneel e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), têm independência. Nomeados pela Presidência da República, os diretores passam por sabatina no Senado Federal e, embora ocupando cargo de confiança, têm mandato com duração fixa. Em outras palavras, o ministro das Minas e Energia, senador pelo Amazonas Eduardo Braga, teoricamente, não pode interferir na decisão da Aneel.

 

Braga e Aneel

Na prática, porém, Eduardo Braga tem a obrigação moral de falar grosso e bater na mesa em defesa dos interesses do Amazonas. O cargo que ocupa, afinal, é derivado do mandato eleitoral conferido pelo povo amazonense. E, além de tudo, é a Eletrobras Amazonas Energia, subordinada ao Ministério das Minas e Energia, a maior beneficiada pelos valores cobrados a mais na tarifa.

 

ICMS

O Governo do Estado isentou as indústrias da Zona Franca dos 25% cobrados a título do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Isentou também as famílias com consumo de até 220kW. Os técnicos do Estado afirmam que isso beneficia 234 mil residências em Manaus. Também pudera, a Eletrobrás não repassa mesmo para o erário estadual o valor que cobra na tarifa dos amazonenses.

 

Efeito cascata

O reajuste da tarifa não vai aparecer apenas na conta do consumidor. Vai para o pão, o leite, a carne, o peixe e todos os produtos da prateleira do supermercado. Numa inflação de 9%, praticamente sem reajuste salarial, o trabalhador recebe uma cacetada dessas de 38% e, de imediato, diminuirá o consumo. Vai falir grande parte do comércio, bares, restaurantes… A usura da Aneel fere de morte essa parte do Brasil que, como o resto do País, precisa desesperadamente de estímulo ao crescimento.

 

Suframa

Rebecca Garcia já está formalmente empossada como superintendente da Suframa. Assinou o ato de posse nesta quarta-feira (28/10), em Brasília. Mas o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, que está em viagem oficial a Teerã, chega dia 9/11 e faz questão de uma posse em Manaus. O ato, simples e sem custos, deve envolver apenas os funcionários e autoridades estaduais, sendo realizado no auditório da Suframa. A data? Provavelmente 10/11.

 

Buracos na Ponta Negra

Os tais “buracos da Ponta Negra”, apontados como vilões para o fechamento da praia, são característicos de toda a orla do rio Negro. O caboclo, em sua reconhecida sapiência, pega a canoa e vai tomar banho de cuia, no meio do rio, esta época do ano. As margens do rio são tomadas pelo cauixi, o solo fica enlameado e a água imprópria para banho. Em suma, a natureza fecha todas as praias do Negro quando vazante é severa, como este ano.

 

Estigma

Por pouco, muito pouco, a praia perenizada da Ponta Negra, uma das obras mais sábias de uma Manaus tão pouco criativa na construção urbanística, não ficou estigmatizada como “praia da morte”. Seria tremenda burrice interditar as areias e retirar do manauara seu único balneário urbano. Ainda bem que houve prudência e sabedoria para mantê-la funcionando e aliviando o período do calor mais severo na cidade.

 

A Figueira Rubaiyat, em São Paulo

Um dos restaurantes mais tradicionais de São Paulo, A Figueira Rubaiyat empresta seu nome da majestosa árvore que espalha seus galhos nos salões internos e terraço da casa. A cozinha tem uma proposta contemporânea, usando ingredientes de primeira. As carnes, provenientes da Fazenda Rubaiyat e de países como Austrália, Argentina e Uruguai, são um dos pontos fortes. A carta de vinhos, com apoio das principais importadoras do País, é outro destaque.

Endereço: Rua Haddock Lobo, 1738 – Jardim Paulista, São Paulo. Fone: 11 3087-1399. Reservas: www.rubaiyat.com.br.

figueira

A figueira é parte do restaurante, que tem funcionários, inclusive agrônomos, especialmente contratados para cuidar dela,

Veja também
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *