Em 1976 foi inaugurada a BR-319 (Manaus-Porto Velho). Asfaltada e trafegável em todos os 885 quilômetros. Os ambientalistas, no papel de iluministas, consideram o período como medieval da história amazônica. O governo brasileiro, refém da patrulha ambiental, decidiu esquecer a rodovia e transformá-la em escombros, principalmente entre os quilômetros 250 e 655. Firmou-se a doutrina de fingir que nunca houve estrada e se trata de uma nova obra. O resultado é que o trecho é hoje lamaçal e pontes de madeira apodrecidas, verdadeiras armadilhas. Senadores, deputados federais e estaduais, do Amazonas e Rondônia, finalmente, parecem ter entendido a importância da estrada e a percorreram em caravana, que saiu de Porto Velho segunda-feira (26/10) e chegou a Manaus nesta terça. Chegou, infelizmente, no dia em que se tem notícia de nova interdição das obras de manutenção. A oposição é intensa à interligação viária do Amazonas ao resto do Brasil.
Lobby
Há o lobby ambiental. Gente do mundo inteiro, que nunca veio e jamais virá à Amazônia, une-se ao coro de organizações ambientalistas contra o asfaltamento da BR-319. Juntam-se a eles os balseiros, que transportam perto de 100% da mercadoria destinada ao abastecimento de Manaus e do que é produzido pela Zona Franca. Os donos de portos, claro, monopolistas, poderosos, também são contra o asfaltamento, que lhes tiraria o poder de determinar o preço do frete entre Manaus e o resto do País.
Exemplo
Os países do Primeiro Mundo, onde moram os donos das ONGs ambientais, não têm uma única vila sem ligação rodoviária. Estados Unidos e Europa, principalmente, deitam asfalto a torto e a direito. Mas exigem que a Amazônia amazonense, a maior fatia da floresta, fique separada do Brasil via terrestre.
Voz do CMA
O comandante militar da Amazônia, general de Exército Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, pela primeira vez em muitos anos, disse sábado (24/10), ecoando a voz dos moradores da região, que “a Amazônia precisa da BR-319 trafegável”. Aproveitou a visita do ministro da Defesa, Aldo Rebelo, esperando dele o pleito junto ao Governo Dilma. Não era sem tempo. O Exército precisa da estrada para a defesa da região, cobiçada internacionalmente.
Caravana no Teatro
A caravana de parlamentares do Amazonas e Rondônia encerrou a viagem, nesta terça-feira (27/10), em frente ao Teatro Amazonas, em Manaus. Lugar mais apropriado para conversar com a imprensa seria o KM-180, onde o carro do deputado estadual Lazinho da Fetagri (PT-RO) capotou. Lá é que estão os buracos, a lama e as estradas de madeira apodrecida da rodovia. A opção pelo teatro deu a impressão de que a caravana deseja mais as luzes da ribalta que a solução do problema.
Mudanças na Seinfra
A coisa está feia no Governo do Estado. A substituição de Waldívia Alencar na Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra) foi anunciada meses antes de ocorrer. Ela teria batido pé e avisado que não ia assumir sozinha as contas contestadas, entre outros órgãos, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Agora, 27 dias depois da posse, Gilberto Alves de Deus não aguentou a pressão e também pediu para sair. Américo Gorayeb, que já havia recusado o cargo, aceitou agora, mas teria confidenciado que não vai “segurar pepino de ninguém”. Essa história ainda vai longe.
Rebecca fora da Prefeitura
A superintendente nomeada da Suframa, Rebecca Garcia, anunciou que desistiu de concorrer à Prefeitura de Manaus. O prazo de desincompatibilização para candidatos termina em março de 2016 e ela considera o tempo pequeno demais para o trabalho que tem pela frente. “Há muito a fazer pela Suframa e o Amazonas precisa de empenho total nessa missão”, disse.
Omar indica presidente do Basa
Vem do bairro de Aparecida, em Manaus, o novo presidente do Banco da Amazônia (Basa). Trata-se de Marivaldo Gonçalves de Melo, que era gerente do banco no Estado de Tocantins. Chega ao cargo por indicação do senador Omar Aziz (PSD-AM).
Ponta Negra
A interdição da Ponta Negra, anunciada nesta terça (27/10) pelo prefeito Arthur Virgílio, foi decidida em 2013. Ocorrerá todos os anos em que a cota do rio Negro atingir 16 metros. Mas a praia volta a funcionar nos 17 metros de cota, que deverá ocorrer em meados de novembro, bem antes dos 45 dias do prazo oficial.
Guerra dos Mundos
Aproxima-se o dia 30 de outubro, quando se comemora um dos maiores triunfos do rádio em todos os tempos. Em 1938, o jovem ator, autor e diretor de teatro Orson Wells encenou “Guerra dos Mundos”, na rádio CBS de Nova Iorque, provocando pânico no país. Havia a expectativa de que os EUA entrassem na II Guerra Mundial. E ele soube se aproveitar disso para, com uma sonoplastia impecável, fazer o povo acreditar que marcianos estavam invadindo a terra.
L’Atelier de Jöel Robuchon, Las Vegas
O restaurante de hoje é o L’Atelier de Jöel Robuchon, em Las Vegas. Trata-se de uma das mais esmeradas criações do mais premiado chef da atualidade, dono de 28 estrelas Michelin. Ele tem restaurantes em Hong Kong, London, Macau, Mônaco, Nova Iorque, Paris, Taipei, Tóquio, Bordeaux e dois em Las Vegas, ambos no MGM. O L’Atelier tem apenas uma estrela Michelin e o Jöel Robuchon, ao lado, três estrelas. Mas o L’Atelier confirma a máxima de que um restaurante lutando para crescer é mais barato e mais esmerado que os consagrados. A comida é tecida – daí o título de O Ateliê, em francês – e o cliente aprecia do balcão a fabricação dessas verdadeiras obras de arte. Se for a Las Vegas, não perca.
Endereço: 3799 S Las Vegas Blvd, Las Vegas, NV 89109, Estados Unidos. Fone: +1 702-891-7358. Reservas: opentable.com.
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