Diretoria da Unimed se defende e revela trapalhada que pode fechar a cooperativa de saúde. Saiba as razões dessa briga

Diretoria da Unimed se defende mostrando o desastre que seria uma demissão agora

Corina Viana (de estampado, em reunião com outra Unimedes em Sergipe) pegou a Unimed com dívidas e agora está sendo ameaçada pelo Conselho Fiscal

A diretoria da Unimed está em guerra aberta com o Conselho Fiscal da cooperativa. A presidente do Conselho, Ramza Badr de Lima, comunicou “decisão colegiada” para convocação de Assembleia Geral para destituição da diretoria. Em 48 horas. Os presidentes da Diretoria Executiva, Corina Nina Viana, e do Conselho de Administração, Fernando Mattos de Souza Filho, se defendem. Eles alegam cerceamento de defesa e alinham trapalhadas que podem levar à liquidação da Unimed Manaus.

A Unimed Manaus tem cerca de 149 mil clientes e 950 médicos cooperados. Mesmo seriamente afetada pela crise econômica, como todos os planos de saúde, oferece 1.400 empregos diretos e milhares de indiretos.

Corina Viana assumiu em dezembro de 2012. A diretoria anterior havia deixado prejuízo de R$ 59 milhões e dívida tributária de R$ 500 milhões. Agora, com a dívida parcelada em Refis, a diretoria voltou a sofrer ameaças.

O principal problema é que a Agência Nacional de Saúde (ANS), com base em reclamações de usuários, suspendeu a venda de alguns planos. Isso tem a ver, principalmente, com serviços que foram suspensos fora de Manaus. A Unimed, no entanto, ainda continua a vender outros planos, voltados para o mercado local.

Cálculos errados

O ofício-resposta da diretoria ao conselho fiscal da Unimed afirma que houve erros de cálculos e de interpretação de números. Alega que a dívida real da empresa é muito menor. E que os prazos oferecidos, além de irregulares, colocariam em risco a instituição como um todo. Só a regularização de documentos de uma nova diretoria bloquearia movimentação bancária por tempo fatal.

Diretoria da Unimed rompeu com Coopanest de Badr

O que se comenta, nos bastidores, é que Ramza Badr de Lima está retaliando. Ela não digeriu rompimento do contrato da Unimed com a Cooperativa dos Anestesistas (Coopanest), da qual é integrante. O rompimento ocorreu este semestre. “A partir de então ela passou a ‘enxergar’ irregularidades onde não há”, afirma uma fonte do portal.

Diagnóstico sombrio

O certo é que, com a responsabilidade de fatia tão significativa da saúde amazonense, a Unimed precisa de entendimento. Diretoria Executiva, Conselho de Administração e Conselho Fiscal, trocando fogo amigo, deixaram a sociedade apreensiva. A própria carta-defesa da diretoria demonstra a fragilidade do momento.

A liquidação da cooperativa seria um desastre para a saúde amazonense, que já atravessa problemas com os crimes revelados na Operação Maus Caminhos. Tem ainda os débitos com cooperativas médicas e de enfermagem terceirizados. Acrescente a isso a falta de equipamento e a greve dos ortopedistas. Só falta mesmo a Unimed fechar.

CLIQUE AQUI PARA LER, NA ÍNTEGRA, A CARTA DE DEFESA DA DIRETORIA DA UNIMED

Veja também
1 comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Daniel disse:

    Desde 2012 ??? .. Já se foram 5 anos .. e ainda estamos no vermelho? Quantos anos precisará pra sair desse buraco? Eu acho que já deu!!! .. hora de largar o osso e deixar outros administrarem. A Cooperativa pertence aos médicos . . E não a um pequeno grupo.