O deputado federal Pauderney Avelino (Democratas) considerou um exagero o fundo de R$ 3,6 bilhões que a Comissão da Reforma Política aprovou para financiamento de campanhas eleitorais. “Nós temos é que reduzir o custo da campanha. Não podemos ficar a campanha toda custeada por recursos públicos,”, afirmou o parlamentar.
Para Pauderney, é necessário votar a reforma política e mudar o sistema eleitoral atual, que considera muito caro aos cofres públicos. Segundo o democrata, o modelo Distritão, proposto para 2018, pode ser um sistema a ser utilizado como ponte para 2022, em que se pretende implantar o Distrital Misto.
No modelo atual a eleição é proporcional, pois considera os votos dos candidatos e os votos para partidos e coligações. Desta maneira, siglas com mais votos ganham mais vagas na Câmara. “O sistema proporcional, onde você precisa ter candidatos para fazer quociente eleitoral, é um modelo caro, onde você vai precisar de vários candidatos para fazer isso”, afirma.
Com o modelo Distritão aprovado pela comissão para 2018, são eleitos os deputados e vereadores mais votados em cada estado ou município, independente dos partidos. “No Brasil, as pessoas votam em pessoas, não em partidos”, afirma Pauderney.
O político ainda lembrou o fim do financiamento de empresas para campanhas eleitorais e que ainda é permitida doações por pessoa física. “Pode-se fazer também com recursos de pessoas físicas. É fato que o Brasil não tem a cultura de termos doações de pessoas físicas para custear campanhas eleitorais, mas temos que reduzir o custo da campanha”, conclui. A matéria segue para votação no plenário da Câmara dos Deputados e no Senado em setembro.
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