Disque Ordem 161, o número que a cidade precisa cultivar para mostrar com quantos paus se faz cidadania

O Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb) está colocando à disposição da sociedade o número 161, Disque Ordem, para receber denúncias de absurdos contra a postura pública na cidade. Foi por ele, por exemplo, que surgiu a denúncia do muro que tomou metade da parada de ônibus, na rua Camapuã, bairro Nossa Senhora de Fátima II, Zona Norte, perto da Eucatur, devidamente demolido, na segunda-feira 20/01.

Estão por aí, perto da casa de alguém, inúmeros outros casos parecidos. Na avenida Constantinopla, a principal do Campos Elíseos, um poste da iluminação pública foi cercado – e faz tempo –, sem que nada tenha sido feito.

Foi por esse caminho que o Parque 10, inteiro, deixou de ter o recuo destinado à construção de calçadas ou mesmo expansão das ruas. Idem para o conjunto Eldorado. O resultado é que ambos têm, hoje, apenas vielas, subdimensionadas, pequenas demais para receber a enorme demanda atual de tráfego e, pior, não podem nem sonhar com calçadas, arborização ou, menos ainda, ciclovias.

Claro que o novo gestor do Implurb, o arquiteto Roberto Moita, cheio de boa vontade, viajado, preparado, atento, não pode cair na esparrela de anunciar esse telefone (161), incentivar a população a usá-lo e não ter estrutura para atendê-lo.

Lembro quando, numa campanha publicitária, anunciamos um número de disk-remédio. Distribuímos milhares de panfletos, entre os arredores da drogaria e nos jornais, promovemos campanhas em rádio e TV. O resultado foi uma demanda enorme, com ligações de todos os pontos da cidade, na manhã do domingo em que o trabalho foi deflagrado. A estrutura não estava preparada, apesar dos avisos, e dono, esposa, filhos e funcionários mais antigos tiveram que usar os próprios carros para atender minimamente às chamadas. Muitos clientes foram perdidos, para sempre, porque quem liga uma vez e não é atendido, nunca mais volta a ligar.

A Prefeitura, porém, pode colocar mais telefonistas para atender à população, mas não tem toda a estrutura para resolver todos os casos de agressão à postura pública. Resta à população o engajamento e o mínimo de paciência com quem busca remover esses gargalos, que impedem a qualidade de vida em Manaus.

A cidade precisa de nós. Não dá para ninguém faltar a esse compromisso. Disque Ordem. 161. Esse é o número.

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3 comentários

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  1. renan de barros alves disse:

    Caro Marcos Santos, eu utilizo bastante o 161. O grande problema, no entanto, é que as atendentes exigem o nome da rua e o número onde está localizado o problema. Em Manaus, isso é praticamente impossível para quem não conhece a cidade, pois placas indicativas são casos raros. Por exemplo: eu liguei para o 161 e informei que todo dia há uma Kombi parada na esquina da Joaquim Nabuco com a Tarumã, onde sevem café da manhã com cadeiras e mesas na calçada e os motoristas imbecis estacionam em fila dupla e até tripla. Isso é todo dia. Liguei e a moça me perguntou o número. Ora, a ocorrência é na rua, não tem número. Quando o denunciante não sabe o número, basta dar o ponto de referência, como é o caso.
    Em frente à Funerária Almir Neves, em uma floricultura, na mesma Joaquim Nabuco, é a mesma coisa.

  2. Almir Gadelha Passos disse:

    Caro Senhores,
    Estamos com sério problema em relação a uma fábrica de salgados que se instalou na rua que moro:TRAVESSA LAPA QUADRA 09 Nº 10 CONJUNTO CANARANAS I CIDADE NOVA II.
    A devida fabrica infelizmente esta jogando todo tipo de resto de comida na rua trazendo um enorme transtorno para os moradores desta rua
    Gostaríamos que foi feito uma visita pelo esta secretaria pois como cidadão acredito na solução deste problema .

    PROBLEMA: Fica exatamente na mesma rua casa de nª 06 com nome de *SUPER COXINHA*

  3. Thainá Santos disse:

    Ligo e a operadora só diz não foi possível completar sua ligação, verifique o número é tente novamente, tô a dias tentando e nada, enquanto isso minha casa se enche de insetos e caramujos africanos por conta do terreno baldio ao lado de casa, sem contar do risco que estamos tendo por conta do entra e sai de traficantes e usuários do meio do mato.