Exército apreende R$ 20 milhões em madeira, barcos, drogas e armas, além de ter destruído pista clandestina em operação

Exército destroi pista clandestina

Pista clandestina de 1,2 mil metros era usada para pouso e decolagem na Ponta do Abunã, em Rondônia, e foi explodida pelo Exército. Fotos: Divulgação

Uma pista clandestina de 1,2 mil metros, usada para pouso e decolagem de pequenas aeronaves, foi destruída durante a Operação “Pressão 24/7”, do Exército, na região da Ponta do Abunã, em Rondônia (RO), na última sexta-feira (11).

Além da explosão da pista de pouso clandestina, a ação realizou apreensões de munições, armamentos e madeira de origem irregular, prisões, aplicação de multas decorrentes de ilícitos ambientais, além de outras atividades de combate aos chamados delitos transfronteiriços ligados aos narcotráfico e crimes ambientais.

A “Pressão 24/7” ocorre com a Operação Ágata, desencadeada pelo Comando Militar da Amazônia (CMA), em toda a fronteira brasileira, nos Estados do Amazonas, Roraima, Rondônia e Acre.

R$ 20 milhões

Por meio de quatro Brigadas de Infantaria de Selva sediadas, respectivamente, em Boa Vista, São Gabriel da Cachoeira, Tefé e Porto Velho, o CMA determinou aumento da pressão no combate aos delitos.

Esse aumento fez com que, somente em 2018, mais de 100 operações já tenham acontecido ou estejam acontecendo, simultaneamente, em toda a Região Amazônica.

Desde o início de maio, somente na Região Sul do Amazonas, Acre e Rondônia, sob a coordenação da 17ª Brigada de Infantaria de Selva (subordinada ao CMA) na Operação Agata, foram feitas apreensões de bens frutos de ilícitos como madeira de lei, embarcações, motos e veículos, milhares de munições, maquinários, ferramentas, drogas ilícitas, carnes e valores em espécie, estimados em mais de R$ 20 milhões.

Parcerias

As atividades de repressão têm tido o sucesso constatado graças a um trabalho de inteligência prévio, em conjunto com outros órgãos estatais como a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), Secretarias Estaduais de Saúde de Rondônia e Acre, Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Órgãos de Segurança Pública (OSP) dos estados de Rondônia, Acre e Amazonas.

A execução das Operações de “Pressão 24/7” segue sem previsão de término. Segundo o Comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva (BIS), general de Brigada José Eduardo Leal de Oliveira, os postos de bloqueios, tanto nas estradas quanto nos rios, também colaboram com os resultados atingidos.

Sem previsão

“Nós temos uns objetivos a atingir ao longo desta operação. Saliento que dois aspectos são muito importantes. Um deles é o trabalho de inteligência, integrado às informações de outros órgãos”, comentou.

Segundo o general, as ações são contínuas e sem previsão de término. “Passamos o ano desencadeando operações, tudo para manter a paz e a segurança da população. Nosso trabalho é contínuo e sem previsão de término e o nosso retorno é o bem-estar de todos”, disse.

Saúde e educação

O reflexo do resultado tem sido altamente positivo, não somente por meio dos números apresentados, como aumento da sensação de segurança na fronteira do País, que é área de responsabilidade do CMA.

Em paralelo, a Força Armada auxilia a população em atividades de saúde e educação. Somente no período da Operação Ágata de maio, na Região da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, já foram realizados 1.184 atendimentos médicos, 751 atendimentos odontológicos, 18 atendimentos psicopedagógicos, 136 procedimentos diversos de prevenção de saúde, 452 cirurgias, 61 exames, 338 distribuições de medicamentos, e 22 vacinações.

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