Em ato pró-Bolsonaro, Malafaia critica atuação de Moraes nas eleições de 2022

Durante discurso neste domingo (25), em ato a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o pastor Silas Malafaia criticou tanto o Supremo Tribunal Federal (STF) quanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além da atuação do ministro Alexandre de Moraes durante as eleições de 2022.

Malafaia é um dos organizadores do ato realizado na Avenida Paulista, que Jair Bolsonaro convocou para se defender das acusações de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa. Bolsonaro é alvo de investigação pela Polícia Federal.

“Não vim aqui atacar o Supremo Tribunal Federal porque quando você ataca uma instituição, você ataca a república e o Estado de Direito”, disse o pastor, que declarou ainda que revelaria a “engenharia do mal” contra Bolsonaro.

Malafaia citou tensões entre Moraes e Bolsonaro e supostas diferenças de tratamento que o então presidente teria sofrido. “Todo mundo sabe como foi a eleição. Podiam chamar Bolsonaro de genocida, mas não podia chamar Lula de ex-presidiário”, afirmou o pastor.

Outro assunto no discurso do pastor foram os ataques às sedes dos Três Poderes, no dia de 8 de janeiro de 2023, organizados por bolsonaristas. “Golpe tem arma. Tem bomba. Uma mulher com crucifixo católica que sentou na mesa do presidente do Senado, 17 anos de cadeia”, disse, afirmando que o sangue de um homem que morreu na prisão após ser preso pelo 8 de janeiro está nas mãos de Alexandre de Moraes.

Ele citou ainda supostas diferenças de tratamento entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e os manifestantes bolsonaristas. “Alexandre de Moraes disse que a extrema direita tem que ser combatida na América Latina. Como ministro do STF tem lado? Ele não tem que combater nem extrema-direita nem extrema esquerda. Ele é guardião da Constituição”.

Em relação a Jair Bolsonaro, Malafaia disse que, se ele for preso, sairá de lá exaltado. “Não será para sua destruição, será para a destruição deles. Jair Messias Bolsonaro, o maior perseguido político da nossa historia”.