Caixa anuncia fim do empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil

Caixa anuncia fim do empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil

A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta sexta-feira (24), a suspensão definitiva do empréstimo consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família.

Segundo a Caixa, “os estudos técnicos sobre o Consignado Auxílio foram concluídos e o banco decidiu retirar o produto de seu portfólio”.

O programa de crédito estava suspenso desde o dia 12 de janeiro, quando foi posto em revisão.

O banco informa que, para contratos já realizados, nada muda. “O pagamento das prestações continua sendo realizado de forma automática, por meio do desconto no benefício, diretamente pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS)”, disse em comunicado.

No último dia 9 de fevereiro, o governo federal anunciou regras mais restritivas para a concessão de empréstimos para beneficiários do Auxílio Brasil. A principal mudança foi a redução do limite para o desconto mensal no benefício, de 40% para 5%.

Crédito

O empréstimo consignado é aquele em que o crédito é concedido com desconto automático das parcelas em folha de pagamento ou benefício. A modalidade para beneficiários do Auxílio Brasil foi sancionada em agosto do ano passado, embora tenha sido ofertada pelo mercado financeiro somente a partir de outubro.

Desde então, foi suspensa em duas ocasiões — uma antes do segundo turno das eleições presidenciais, sob recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União), e outra em janeiro deste ano, quando a atual presidente do banco, Maria Rita Serrano, tomou posse.

“O banco não tem como arcar com isso”, disse Serrano, na ocasião.

“Decidimos suspender essa modalidade por dois motivos. O primeiro é que o governo está revendo o cadastro. Então, não seria de bom tom manter. O segundo é que os juros são muito elevados para essa parcela da população.”

Em outubro de 2022, os empréstimos consignados somaram cerca de R$ 5 bilhões, de acordo com o Banco Central, dos quais a Caixa respondeu por R$ 4,3 bilhões.

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