Segundo dia do Grupo Especial do Rio tem temas africanos e homenagem a Martinho da Vila

O cantor e compositor Martinho da Vila foi homenageado pela Unidos de Vila Isabel. Foto: Divulgação

Temas africanos dominaram os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro, entre a noite de ontem e a madrugada de hoje (24), na Marquês de Sapucaí. O cantor e compositor Martinho da Vila ganhou uma homenagem da Unidos de Vila Isabel e a lenda indígena do guaraná foi o tema da Unidos da Tijuca.

Martinho da Vila surgiu de surpresa de dentro de um carro da comissão de frente da Unidos de Vila Isabel e, após passar por todos os setores do Sambódromo, do 1 ao 13, ele desceu do carro e foi, a bordo de um carrinho de golfe, para o fim da escola, onde desfilou no chão, em ala com amigos e parentes.

A Portela apresentou o samba-enredo “Igi Osè Baobá”, sobre o simbolismo do baobá como uma árvore de resistência e de conexão com a ancestralidade do povo africano. Também fez parte do desfile uma homenagem a Monarco, presidente de honra da escola que morreu em 2021, aos 88 anos.

Oxóssi, orixá da caça e da alimentação, foi o tema da Mocidade Independente de Padre Miguel. Uma flecha voadora na comissão de frente esteve entre os destaque da apresentação. A flecha é um dos símbolos do orixá homenageado.

Outro orixá, Exu, foi lembrado no samba-enredo “Fala, majeté! Sete chaves de Exu”, da Grande Rio. A entidade iorubá é reverenciada no candomblé e na umbanda. A rainha de bateria Paolla Oliveira desfilou como Pombagira, a representação feminina de Exu.

A atriz Paolla Oliveira representou a Pombagira no desfile da Grande Rio, sobre o orixá Exu. Foto: Divulgação

O samba-enredo “Ka ríba tí ye”, da Paraíso do Tuiuti, exaltou a cultura e personalidades negras, sem deixar de lado a cultura pop, representada pelo personagem dos quadrinhos Pantera Negra, a cantora Beyoncé e a drag queen RuPaul.

A lenda indígena do guaraná foi a aposta da Unidos da Tijuca para este ano. O enredo “Waranã: a reexistência vermelha” falou da planta usada tradicionalmente pela etnia indígena brasileira Sateré Mawé.

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