Wilson Lima revoga aumento de salários que privilegiava primeiro escalão do governo

Wilson Lima revoga aumento de salários

Wilson Lima revoga aumento de salários para o primeiro escalão do governo do Estado. Foto: Maurílio Rodrigues/Secom

O governador Wilson Lima anunciou, na manhã desta quinta-feira (9), a revogação do dispositivo da Lei Delegada 122/2019, que alterou remuneração de secretários executivos e secretários executivos adjuntos, e cargos equivalentes.

A revogação, disse, é um reconhecimento do Governo de que é necessário manter medidas de austeridade para recuperação sustentável do equilíbrio das contas estaduais.

Os salários aumentados estão sendo pagos desde o ano passado. O salário mais baixo, de R$ 7 mil, havia sido reajustado para R$ 22.728,60, um percentual de 225%. Foi o maior, segundo tabela que virou meme nas redes sociais e não foi contestada. O menor percentual de aumento aplicado foi de 32%, mas elevou um salário de R$ 19,5 mil para R$ 25.754,00.

A repercussão da tabela chegou à mídia nacional e acabou confrontada com os salários de outros Estados. Vários programas da Globo News e até o Jornal da Globo exibiram os números, em tom de crítica.

 

Redes sociais ouvidas

Wilson Lima revelou as razões para ter anulado o aumento salarial. Decidiu, segundo ele, após conversas com a base aliada, técnicos de governo e com a população, em redes sociais.

“Em nenhum momento houve ilegalidade na mudança do critério de remuneração. Não houve aumento na folha de pagamentos, mas decidimos dar um passo atrás, conversando pessoalmente os deputados da base aliada, com as pessoas nas minhas redes sociais. Entendemos que continuamos no processo de austeridade e, por isso, o aumento está revogado”.

A decisão demonstra também que Wilson Lima decidiu segurar firme as rédeas do governo e optar pela austeridade. “Havia um furo no casco e o governador consertou”, disse uma fonte palaciana.

O reajuste veio à tona no momento em que o governo do Estado acabara de anunciar medidas de impacto. Entre elas estão o reajuste e a extensão do auxílio-alimentação e o pagamento do saldo do Fundeb de 2019 aos professores. E, ainda, a contratação direta de 3 mil técnicos de enfermagem terceirizados, cujos salários não estão sendo pagos pelas empresas.

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