Às lágrimas, Sotero diz que sua vida foi abaixo em segundos, pede perdão e um júri justo

Às lágrimas, Sotero diz que sua vida foi abaixo em segundos, pede perdão e um júri justo

Às lágrimas, Sotero diz que sua vida foi abaixo em segundos, pede perdão e um júri justo. Fotos: Raphael Alves/ TJAM

Às lágrimas, o delegado da Polícia Civil Gustavo de Castro Sotero, que foi ouvido nesta sexta-feira (29), pela primeira vez diante do juiz e do júri no julgamento da ação onde figura como réu, acusado de homicídio do advogado Wilson Justo Filho, reafirmou a tese de legítima defesa e que apenas reagiu a um golpe na fatídica noite.

Às lágrimas

“Eu só lembro de pegar o soco e ver pessoas vindo na minha direção, em algo que durou dois, três segundos. Foi para salvar a minha vida”, disse o réu, que ainda é julgado pela tentativa de homicídio contra Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira (esposa de Wilson), Maurício Carvalho Rocha e Yuri José Paiva Dácio de Souza.

O crime ocorreu no dia 25 de novembro de 2017, em uma casa de show localizada na zona Oeste de Manaus. Este é um dos momentos finais do rito do julgamento, onde o réu é ouvido pelo juiz, sendo inquirido pela defesa e acusação, antes do debate entre as partes.

Chorando muito, lembrando de fatos particulares e memórias afetivas, o delegado disse estar muito arrependido pelo que aconteceu naquela noite e pediu perdão à família da vítima.

Agressão

“Eu também estou sofrendo muito, tenho quatro filhos pequenos e uma mãe. Eu vivo a base de remédio. Minha vida foi por água abaixo. Eu quero que vocês julguem por Justiça e não por algo midiático. E entendam que eu me defendi de alguém muito agressivo naquela noite e não quero que ninguém passe por aquilo que passei. E estou há dois anos preso, sem cargo e sem ninguém, com minha mãe sofrendo muito”, lamentou Sotero.

O delegado contou que costumava frequentar a casa noturna nos últimos três anos e que no dia do crime pediu para ir para delegacia, logo, com medo de ser hostilizado.

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2 comentários

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  1. Muito difícil essa situação, só misericórdia de Deus, hoje uma família sem o pai e um homem acusado se mostrando arrependido pelo que fez, Deus seja o consolo de ambas as famílias e de graça tanto a viúva com ao delegado em uma questão que envolve pessoas tirando proveito diante dos homens. O perdão de ambos arruína seus acusadores.

  2. Sila disse:

    Um ato impensado de violência desencadeou todo esse sofrimento.
    Violência física nesse caso particular, mas e a violência verbal que acontece todos os dias ?! Falta empatia e sobra egoísmo no mundo de hoje.