Nejmi Aziz deixa cadeia e irmão de Omar segue cumprindo prisão temporária

A ex-primeira-dama e esposa do senador Omar Aziz, Nejmi Aziz, deixou o Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) na madrugada desta sexta-feira (2), após cumprir restante de dois dias da prisão temporária determinada pela Justiça Federal.

Nejmi Aziz

Ela é um dos alvos da quinta fase da Operação Maus Caminhos, que investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa que desviou recursos milionários da Saúde.

Segundo o advogado de defesa de Nejmi, Rodolfo Santanna, a ex-primeira dama já está em casa. A Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap) também confirmou a informação.

Irmão de senador detido

A Polícia Federal (PF) no Amazonas cumpriu, na manhã desta quinta-feira (1), nos bairros Cidade de Deus e Parque Dez de Novembro, dois mandados de prisão temporária e dois mandados de busca e apreensão como desdobramento da Operação Vertex, deflagrada no dia 19.

PF cumpre dois mandados

A nota da PF indica haver suspeita que o irmão do senador Omar Aziz, Amin Abdel Aziz, preso ontem novamente temporariamente (prazo de cinco dias), teria removido objetos de sua residência antes da Vertex ser deflagrada. Ele está detido no Centro Provisório Masculino II (CDPM II).

A Polícia Federal informou que após a inauguração da fase ostensiva da Operação Vertex, “foram angariados provas e indícios de que um dos investigados – que foi preso no dia 19 – teria tomado conhecimento prévio da ação policial que estava prestes a ser deflagrada e, munido dessa informação, teria, com o auxílio de um outro indivíduo, removido objetos de sua residência com o intuito de prejudicar a investigação policial”.

Federal

Nejmi Aziz foi detida no último dia 19 de julho e passou duas noites no Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF), sendo solta no dia 21, após receber  habeas corpus. Uma nova liminar, obtida pela Polícia Federal, suspendeu a decisão anterior. Nejmi cumpriu o restante da temporária no CDPF, no KM 8 da BR-174, ficando numa cela comum, com outras duas internas.

Entre as vantagens indevidas recebidas pelo grupo, de que se tem suspeita, teria havido entregas de dinheiro em espécie ou por meio em negócios simulados ou superfaturados, a fim de ocultar a entrega de dinheiro dissimulado por meio de contratos de aluguel e de compra e venda.

A investigação está diretamente relacionada com as outras fases da Operação Maus Caminhos, sendo elas as operações Custo Político, Estado de Emergência e Operação Cashback.

Custo Político

Na Operação Custo Político se apurou a prática de crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capitais e pertinência a organização criminosa, praticados por cinco ex-secretários de estado, bem como diversos servidores públicos e o núcleo da organização criminosa desbaratada na primeira fase da operação, enquanto na Operação Estado de Emergência, completava o núcleo político do Poder Executivo estadual, tendo alcançado o ex-governador José Melo, que chegou a ser preso.

Por outro lado, a Operação Cashback, teve por objeto a investigação quanto ao envolvimento de outras empresas em conluio, em relação as quais, suspeita-se que foram efetuados pagamentos embasados em notas fiscais falsas, sem a correspondente prestação de serviço, além de pagamentos por serviços superfaturados.