Em dois anos, Compaj foi palco de 72 mortes, entre presos e agente penitenciário

Em dois anos, Compaj foi palco de 72 mortes, entre presos e agente penitenciário

Em dois anos, Compaj foi palco de 72 mortes, entre presos e agente penitenciário. Foto: Reprodução

O Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) soma, nos últimos dois anos, um total de 72 mortes, entre detentos e agentes penitenciários. Em 2017, foram 56 presos assassinados na maior chacina do sistema prisional do Amazonas e do Brasil. Alguns foram decapitados.

No dia 1º de dezembro de 2018, o agente de disciplina Alexandro Rodrigues Galvão, 37, foi morto por detentos numa das celas do Compaj.

Alexsandro levou uma estocada no pescoço no pavilhão 3 do regime fechado do Compaj, num princípio de rebelião na unidade. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, integrantes da facção criminosa Família do Norte (FDN) disseram que o assassinato foi um “presente” de aniversário para o fundador do grupo, o Zé Roberto da Compensa.

E neste domingo (26), mais 15 foram mortos, por asfixia e a golpes de estoques, durante briga entre facção criminosa.

Massacre

Foi justamente no primeiro dia de 2017 que ocorreu a rebelião e o maior massacre do Estado, um dos maiores do Brasil. A rebelião começou exatamente às 15h59, quando alguns detentos que estavam custodiados no Pavilhão 3, onde estavam os comandantes da facção criminosa Família do Norte (FDN), renderam os agentes de socialização.

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Em vídeos registrados pelas câmeras de segurança do completo, é possível ver a intensa movimentação dos presos no Compaj, logo após o horário de visitas de familiares. Após renderem agentes, os internos trocaram tiros com a guarnição da Polícia Militar que estava na Portaria 3 do presídio para ter acesso a todos os presos de uma área chamada “Seguro”.

No local ficavam os detentos considerados vulneráveis e 26 detentos da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Desse local foram mortos 23 presos do PCC. Foi um extermínio de uma facção contra a outra rival.

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Denunciados

Ao todo, 210 detentos foram indiciados por participação nas mortes das 56 vítimas do Compaj. Durante a rebelião, cujos vídeos mostram o início, a massa carcerária avançou no corredor para tomada do “Seguro”. Foram quebradas várias partes dos telhados do presídio para retirada de integrantes da FDN que estavam custodiados na área chamada de “Seguro”.

Os detentos escreveram a sigla FDN nas paredes com sangue das vítimas para representar a vitória da facção. Membros do PCC atearam fogo em colchões nas entradas das celas para tentar impedir que os integrantes da FDN conseguissem entrar nos espaços.

Alguns detentos do PCC tentaram fugir por uma janela, de uma das celas, que foi serrada, mas foram alcançados pelos presos da FDN e foram mortos.

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