Mesmo com salários reajustados, peritos vão paralisar atividades na segunda

A categoria entrou com um ofício na Casa Civil, em fevereiro, pedindo o pagamento das datas-bases atrasadas de 2015 a 2018 e também a de 2019 e, até agora, não obteve nenhum resposta do Governo do Estado. Foto: Divulgação

Os peritos da Polícia Civil do Amazonas vão fazer uma paralisação de advertência na próxima segunda-feira (22) e terão apoio dos professores da rede estadual. Segundo o Sindicato dos Peritos Oficiais do Amazonas (Sinpoeam), a paralisação foi aprovada, nesta quinta-feira (18), durante assembleia, que contou com a participação e apoio da categoria da educação.

A reivindicação é pelo pagamento da data-base dos Peritos, Legistas e Odontolegistas da Polícia Civil, que segundo a categoria, está atrasada há quatro anos, informou a presidente do Sinpoeam, Viviany Pinto.

Sem resposta

A categoria entrou com um ofício na Casa Civil, em fevereiro, pedindo o pagamento das datas-bases atrasadas de 2015 a 2018 e também a de 2019 e, até agora, não obteve nenhum resposta do Governo do Estado.

Os peritos ficaram de fora do reajuste autorizado pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na segunda-feira (15), para os delegados da PC, que ao todo terão os salários ampliados em até 28%.

Esquecidos

De acordo com Viviany Pinto, essa não é a primeira vez que os peritos são “esquecidos pelo Governo”. Em 2014, eles foram a única categoria da Polícia Civil que ficou de fora do escalonamento salarial pago aos outros profissionais de 2015 a 2018.

A classe de peritos reclama, ainda, de não conseguir “sentar e negociar” com o Governo do Estado. Ainda nesta quinta, a categoria vai decidir quais atividades serão mantidas e quais serão paralisadas a partir de segunda-feira.

Juntos

Alguns professores estiveram na assembleia dos peritos e, segundo o Sinpoeam, as categorias “vão caminhar juntas” pelos reajustes salariais. Educação e peritos trabalham com a possibilidade de fazer uma manifestação conjunta na segunda-feira (22), na Ponte Rio Negro.

Reposição

Mas parte da injustiça lamentada foi corrigida no ano passado, quando o governador Amazonino Mendes garantiu a reposição salarial da categoria. Naquela oportunidade, os peritos entravam no quarto ano sem reajuste.

Além dos salários, que foram reajustados em 42% ano passado, os peritos dão turnos de trabalho de dois dias por semana. Eles recebem 30% por título de mestrado e 35% por doutorado.

Categorias

Os aumentos salariais da categoria no ano passado foram de R$ 4.076,86 para R$ 24.752,83, e entraram em vigor de maneira retroativa em 1º de janeiro de 2018.

Ocorre que os peritos reclamam dos salários de outra categoria, os delegados. E os delegados acabaram de receber a confirmação do pagamento data-base do Governo do Estado.

Na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (15), os peritos ocuparam a galeria do plenário, com a reivindicação de serem incluídos no projeto de reajuste. O perito é “acusado” de receber até R$ 40 mil.

Constituição

Os peritos alegam terem direitos excludentes da Polícia Civil, mas a Constituição Estadual alterada em 2014 colocou o grupo do Departamento de Polícia Técnico-Científica e os recursos humanos subordinado diretamente ao secretário de Estado de Segurança Pública.

A alteração consta no decreto 34.969, de julho de 2014: Art. 1.º Em consonância com o disposto no artigo 3.º da Lei n.º 2.875, de 25 de março de 2004, e no § 2.º do artigo 6.º da Lei Delegada n.º 67, de 18 de maio de 2007, o Departamento de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil, inclusive todos os servidores lotados no referido Departamento, subordina-se diretamente ao Secretário de Estado de Segurança Pública.

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