Deputado diz que Amazonino não vai cumprir com obrigações financeiras até 31 de dezembro

O deputado Sidney Leite criticou os atrasos sistemáticos dos pagamentos de terceirizados da saúde e de cooperativas médicas e de enfermeiros. Foto: Divulgação

Num duro discurso contra o governador Amazonino Mendes (PDT) na manhã desta terça-feira (6), na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), o deputado Sidney Leite (PSD) alertou que o Estado não cumprirá com suas obrigações orçamentárias e financeiras até 31 de dezembro, quando encerra a gestão do atual governo.

Um dos exemplos da má gestão financeira têm sido os atrasos sistemáticos dos pagamentos de terceirizados da saúde e de cooperativas médicas e de enfermeiros. Sidney Leite, inclusive, ingressou com um requerimento junto ao Ministério Público de Contas (MPC), na semana passada, pedindo providência do órgão de controle em relação à questão.

O deputado sugere, ainda, para que a Comissão de Transição do governador eleito, Wilson Lima (PSC), acompanhe com rigor o levantamento de dados contábeis e administrativos do atual governo para tomar ciência da realidade em que está a administração que se encerra em pouco mais de 50 dias.

Leite criticou a leniência de Amazonino Mendes e o descaso com que trata o Estado e os entes públicos. “O governador inaugura algo inédito no governo: não está nem de férias e também não trabalha. Não havia instituído a comissão de transição do governo por meio de decreto antes porque estava pescando e, nem o vice, Bosco Saraiva, pode fazê-lo”.

 

Campanha de mídia

 

Ele chama a atenção para uma ampla campanha de mídia que o governo planeja realizar neste pouco tempo de gestão para “vender” a imagem de que arrumou a casa, slogan da campanha de Amazonino Mendes na eleição suplementar, em 2017.

Mas, o discurso oficial contrasta com a realidade e, em todos os setores da administração pública. “Na saúde, por exemplo, as filas no Sisreg para consultas, exames e cirurgias só aumentam e não há uma ação enfática do governo para acabar com elas. Os gastos aumentam, mas não se refletem em qualidade na saúde”, denuncia.

A mesma situação pode ser vista na segurança pública. Enquanto o governo gasta milhões numa consultoria internacional em segurança, a população está cada vez mais desassistida e a criminalidade avança assustadoramente. “De um lado, o governo sustenta na mídia que os índices de criminalidade reduziram. De outro, o lamento e o choro desesperado de mães e pais que perderam seus filhos e parentes para a violência”.

Sidney Leite, que foi eleito deputado federal para o próximo quadriênio 2019-2023, defende que os órgãos de controle ingressem com uma ação civil pública de improbidade administrativa contra o atual governo, caso esse cenário de descaso com a coisa pública se mantenha.

 

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