Wilson Lima superando Amazonino Mendes, Plínio Valério senador mais votado, a votação de Pablo Oliva e a exclusão de Nejmi. Estas foram algumas das surpresas desta eleição no Amazonas. Mas não foram as únicas. O desempenho de Luiz Castro, que quase tira a vaga tida como certa para Eduardo Braga, também surpreendeu. Igualmente, a virada de Sidney Leite, superando Pauderney Avelino e Conceição Sampaio. Nem tudo pode ser explicado, mas a coluna resolveu meter a mão nesse Panavueiro.
Plínio Valério
O vereador Plínio Valério já havia “beliscado” a vaga de senador. Sempre esbarrava, porém, na falta de estrutura para viajar o Estado e se apresentar ao eleitor. Com o apoio do prefeito Arthur Virgílio e do senador Omar Aziz, desta vez emplacou. Esta coluna, duas edições atrás, disse claramente que ele seria eleito.
Vanessa
A eleição de Plínio teve um gostinho de vingança para Arthur Virgílio. Vanessa Grazziotin, que o tirou do Senado, em 2010, terminou em quinto lugar e fica sem mandato.
Braga leva susto de Luiz Castro
O desempenho de Luiz Castro, fortemente associado a Wilson Lima, assustou o senador Eduardo Braga. Castro chegou a liderar até a reta final. A diferença ficou em meros 24.549 votos para Braga. Sem candidato a presidente e a governador, Braga fez uma campanha isolada. E quase se isola do eleitor. Sai do pleito menor do que entrou porque todas as pesquisas o apontavam como favorito para o primeiro lugar.
Braga quarto em Manaus
A capital, Manaus, rejeitou Eduardo Braga. O primeiro colocado foi Plínio Valério (34,15%), seguido por Luiz Castro (24,62%), Hissa Abrahão (11,47%), Braga (10,74%) Alfredo (10,12%) e Vanessa (7,04%).
Pablo colou em Bolsonaro
O delegado federal Pablo Oliva colou a campanha à do presidenciável Jair Bolsonaro. Tinha um vídeo em que Bolsonaro dizia que Pablo era o candidato dele a federal. Teve o número, 1717, colando ainda mais as suas imagens. Daí para o primeiro lugar, na coligação de Amazonino, e o segundo geral foi um passo. A votação do delegado guinchou Bosco Saraiva, com uma estrutura bem maior, para a Câmara Federal.
Surpresas para deputado estadual
Doutora Mayara foi a mais votada do pleito, escudada na incrível liderança de Adail Pinheiro. O ex-prefeito cumpre prisão domiciliar, por pedofilia, e nem pode ir a Coari pedir voto para ela. Mas algo no Município funciona ao contrário e a filha, que já é vice-prefeita do irmão, Adail Filho, arrebentou em votos.
Surpresas para deputado estadual (2)
Roberto Cidade, sobrinho de Orlando Cidade, segundo mais votado para deputado estadual, teve mais votos que o pai jamais sonhou. Orlando, aliás, teve meros 20.560 votos para deputado federal. De onde vieram os votos de Roberto? Ele tem negócios milionários com o Estado.
Nejmi Aziz vira suplente
A ex-primeira dama Nejmi Aziz acabou prejudicada pelo fraco desempenho do marido, o senador Omar Aziz. A rouquidão, que o prejudicou nos debates, e o tempo perdido na costura de alianças foram fatais. Nejmi tinha estrutura de candidato majoritário, mas puxou o freio temendo a ciumeira dos companheiros de coligação e prejudicar Omar. O resultado dessa campanha, com o freio de mão puxado, está aí.
Sidney supera Conceição e Pauderney
O deputado estadual Sidney Leite também protagonizou uma eleição surpreendente. Recebeu de Pauderney Avelino, companheiro no Democratas, as bases eleitorais, porque este se candidataria ao Senado. Quando Pauderney voltou atrás e tentou retomar as bases era tarde demais. Sidney não só superou o colega como conseguiu tomar a vaga de Conceição Sampaio, nos últimos votos.
Parintins
A terra dos bumbás também foi surpreendente. Deu 73,49% para Haddad e só 14,99% para Bolsonaro. Vanessa foi a primeira para o Senado (27,80%), seguida de Braga (26,27%) e Alfredo (18,13%). Para o Governo Wilson saiu na frente (33,88%), com David em segundo (28,89%) e Amazonino em terceiro (24,89%).
Wilson beirou os 50% em Manaus
Wilson Lima está muito forte em Manaus. Ele obteve, no 1º Turno, 49,58% dos votos da capital, contra 22,45% de Amazonino e 20,54% de David Almeida.
2º Turno para o Governo do Estado
Wilson Lima superou Amazonino. Mas a diferença, pouquinho maior que 1%, não autoriza grandes comemorações. A votação de David Almeida, a única terceira via das eleições amazonenses a emplacar, o torna fiel da balança. O pagamento do Fundeb aos professores e as promoções de policiais foram a base da votação de David. Quem pegar primeiro essas bandeiras…
Caro Marcos Santos, parabéns pela bela cobertura. O povo do Amazonas dando lição nos políticos. Agora um segundo turno perigoso para os dois que disputam o governo do estado e também os dois candidatos para presidente da república. Grandes debates com tempos iguais. Abraços Tussolini