Caprichoso encerra Festival enaltecendo arte parintinense com o tema ‘herança ancestral’

Caprichoso encerra Festival enaltecendo arte parintinense

Caprichoso encerra Festival enaltecendo arte parintinense, parte da herança ancestral do bumbá, que foi o tema da noite. Foto: Marcos Santos

Com o tema “Sabedoria Popular – Uma revolução ancestral”, o Boi-Bumbá Caprichoso fechou a terceira noite de apresentações do Festival Folclórico de Parintins em 2018. As mulheres foram as grandes homenageadas pelo bumbá. A noite também marcou a despedida de Brena Dianná do item Rainha do Folclore. Ela foi muito festejada pela torcida.

A apresentação teve início com Mara Lima cantando a música “Maria, Maria”, de Milton Nascimento. Em seguida, a jornalista Daniela Assayag, ex-cunhã poranga do Caprichoso, representando “Maria do povo”, recitou um texto ressaltando a força criativa das mulheres e a “mãe ancestral”, criadora de povos de todas as cores e raças. Daniela estreou como cunhã-poranga em 1988, ano de inauguração do Bumbódromo, que completou 30 anos. A alegoria “Artesã, o saber ancestral”, homenageando as rendeiras, completou a abertura de exaltação à figura feminina.

Da alegoria, que se transformou na arena, dando lugar a um Cristo Redentor, surgiu a sinhazinha da fazenda, Valentina Cid. E, do peito do Cristo, onde luzes desenhavam um mapa do Amazonas, surgiu o boi-bumbá Caprichoso, trazendo uma bandeira do Brasil na boca.

Logo em seguida, foi a vez da porta-estandarte Marcela Marialva, trazida por um módulo com uma borboleta gigante fazer sua evolução para a galera e para os jurados, trazendo duas novidades: o pavilhão, além de ter hastes móveis, alcançando maior altura sobre seu corpo, também abriu ao meio, dando destaque à padroeira de Parintins, Nossa Senhora do Carmo.

O momento tribal do Caprichoso foi antecedido pela evolução da vaqueirada, conduzida pelo próprio bumbá. Em seguida, a arena ganhou cores com a apresentação de tribos indígenas e tuxauas com a participação do pajé Netto Simões.

A lenda ‘Boto Romanceiro’ foi apresentada com uma alegoria assinada pelo artista Márcio Gonçalves. Dela surgiu Brena Dianná que, após dez anos, se despediu do item Rainha do Folclore. Ela foi ovacionada pela galera azulada.

No momento das tribos coreografadas, o canadense Alexandru Duru sobrevoou o Bumbódromo representando Dawari. O mito “subiu aos céus dos espíritos”.

A cunhã Marcielle Albuquerque surgiu do alto do módulo ‘Boitatá’, representando o espírito da preservação e preparando da arena para o último ato: o ritual ‘Dawari’.

Mais uma vez, Duru surpreendeu o público ao sobrevoar a arena com uma bandeira do Caprichoso, no momento em que o bumbá usava os últimos minutos de apresentação para brincar no Bumbódromo.

 

Otimismo

Torcida, brincantes e diretores do Caprichoso deixaram o Bumbódromo otimistas quanto à vitória. O resultado será divulgado às 14h, numa sala do Bumbódromo.

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Performance do touro negro criou otimismo na torcida quanto ao título

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