Três dias após morte de PM, criminosos trocam tiros com polícia em duas ocorrências na zona Norte

PMs prenderam em flagrante Max Willian Pimenta Firmino, 20, após ele atirar contra uma viatura da 15ª Cicom, na rua Pastor Benício Leão, no conjunto João Paulo, bairro Nova Cidade, zona Norte. Foto: Divulgação

Três dias depois da morte de um sargento da Polícia Militar, Ayub Carlos Franca de Araújo, 39, vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte) na frente do shopping Sumaúma, na zona Norte, mais dois casos de tiroteios envolvendo infratores e PMs foram registrados neste sábado (30).

Só este ano, até maio, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) registrou 2 mortes de PMs em Manaus, um em serviço e outro fora de serviço, sem contar as outras 2 mortes após o período. Em todo o ano passado, 5 policiais militares foram mortos. No Amazonas, foram 3 mortes nos primeiros cinco meses de 2018.

Viver Melhor

O mais grave ocorreu no conjunto habitacional Viver Melhor, zona Norte de Manaus, quando criminosos, ainda não identificados, trocaram vários tiros com a polícia.

Policiais da 26ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) estavam em patrulhamento pelo local, quando avistaram um homem em atitude suspeita.

Durante aproximação para fazer revista padrão, outros homens na mesma via começaram a disparar contra os policiais. A viatura foi usada como defesa e os PMs revidaram.

Após alguns momentos de tiroteio, os quatro homens entraram em uma área de mata e conseguiram fugir. Nenhum policial foi atingido na troca de tiros.

Nova Cidade

PMs prenderam em flagrante Max Willian Pimenta Firmino, 20, após ele atirar contra uma viatura da 15ª Cicom, na rua Pastor Benício Leão, no conjunto João Paulo, bairro Nova Cidade, zona Norte.

Conforme a polícia, Max estava na garupa de um motociclista, com um revólver de calibre 38. Na hora da fuga, a dupla deu tiros na direção da viatura. Max pulou da moto com o revólver e acabou detido.

Ele foi encaminhado ao 15º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde foi autuado por porte ilegal de arma de fogo. Ninguém ficou ferido na ocorrência.

Carlos foi apontado como autor do disparo que matou sargento. Foto: Divulgação

Carlos Alexandre Lopes Barreto é o quarto suspeito de participação no latrocínio do sargento da Polícia Militar Ayub Carlos Franca de Araújo, 39.

O policial morreu após ser baleado durante um assalto na avenida Noel Nutels, bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus, na noite de quarta-feira (27), em frente ao shopping Sumaúma.

Carlos é apontado como o autor do disparo que matou Araújo. Ele se entregou à polícia na tarde de sexta (29).

Outros detidos

Dois suspeitos da morte do sargento da Polícia Militar Ayub Carlos França de Araújo, 39, foram presos na quinta-feira (28).

Antônio Carlos dos Santos Padilha, 23, e Felipe de Carvalho e Silva, 18, foram detidos. Felipe se entregou no 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e confessou a participação no latrocínio. O autor do disparo segue foragido.

Reagiu a assalto

O PM, que estava de folga, foi morto em frente ao shopping Sumaúma, zona Norte, ao tentar reagir a um arrastão que um grupo de infratores fazia na via. Ele travou luta corporal com o infrator, que conseguiu tirar sua arma e o acertou com um tiro nas costas.

Um outro suspeito, Moisés Mendonça de Lima, 19, foi preso por policiais das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) anteontem, no mesmo dia do crime.

Durante depoimento, Felipe Silva disse que a intenção do grupo era apenas roubar. De acordo com o delegado Vinícius de Melo, as investigações dão conta de que, durante o roubo, Silva travou luta corporal com o sargento e tomou a arma dele. Durante a briga, um outro integrante do grupo pegou a pistola e atirou contra o policial.

Revolta e indignação

Segundo o delegado, o esforço contínuo e constante da polícia levou à prisão dos envolvidos. “Este caso produziu indignação e revolta. Não temos o dever de ter na nossa comunidade, no nosso convívio, assaltantes. Se perceber a situação do Felipe e do Moises, no dia 8 de junho eles foram liberados na audiência de custódia depois de uma ocorrência de assalto a mão armada”, disse Melo.

Para Vinícius de Melo o que se vê é o reverso na sociedade, com criminosos cheios de direitos e a sociedade feita de refém.

“Devia ser direitos humanos para humanos direitos, não para quem mata, assalta, estupra. Procuramos viver num regime de liberdade democrática, mas esse cidadão que colaborou para ceifar a vida de um policial foi solto na audiência de custódia apesar de todo o trabalho para efetuar a prisão. E depois temos o descompasso de vê-los em liberdade. O lugar de bandido é na cadeia”.

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1 comentário

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  1. Carlos Alberto Soares disse:

    Vivemos uma guerra urbana não é de hoje,a lei tem mais de 70 anos.A democracia tornou-se um escape para a corrupção generalizada,a inversão de valores tomou conta desta sociedade movida a carnaval , futebol e novelas,a polícia é o divisor de águas entre o bem e o mal,mais a impressão é de que o mal prevalece.militares no poder seria a solução inicial,fechar o STF,a câmara,é o senado,fazer uma faxina institucional e moral.Paredão para as sanguessugas da nação.