A disputa pelo comando da Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam) levou à Operação Incautos. Foi preso o ex-coordenador pedagógico Valdir Pavanello Jr., 33, que continuava professor da instituição em Manaus. Os proprietários, Amós Alves Santos, 35, e Rubens Pedro de Farias Jr., 33, estão sendo procurados. Os dois foram afastados por intervenção judicial no dia 27/02/2018.
A juíza da 17ª Vara Cível e de Acidentes do Trabalho, Simone Laurent de Figueiredo, foi quem decretou a intervenção. Carlos Simonetti foi nomeado interventor na Esbam, ao lado de Vanessa dos Santos Tavares. Simonetti teve que se afastar, por motivo de saúde, e Vanessa é a longa manus da juíza na instituição.
Denúncias, atrasos e intervenção
A Esbam vinha sendo cercada de inúmeras denúncias. Alunos se queixavam da ausência de professores. Professores não recebiam os salários. O ensino estava sendo prejudicado. Isso tudo motivou a intervenção judicial do fim de fevereiro.
A atual coordenadora pedagógica, professora Sílvia Lira, conta que a Esbam recebeu várias reclamações do interior. Alunos estavam preocupados com a falta de ligação com a capital. As informações foram repassadas às autoridades e engrossaram a investigação, que ocorreu sob segredo de Justiça.
A polícia descobriu que um grupo, desligado da Esbam, oferecia cursos a alunos desavisados do interior. Foram presos, além de Pavanello, Ellen da Silva Santos, 33, Meyre Jane da Silva, 49, e Núbia Batista Pinheiro. Ellen se apresentava como “coordenadora pedagógica do interior”. Núbia é advogada.
A Esbam emitiu nota sobre as prisões ocorridas na Operação Incautos. Veja a íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O CENTRO DE PESQUISA E ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA LTDA (ESBAM – ESCOLA SUPERIOR BATISTA DO AMAZONAS) vem por meio desta nota de esclarecimento informar aos alunos, professores e toda a sociedade amazonense que os fatos que culminaram com a operação policial ocorrida na manhã do dia 19/06/2018, envolvendo membros da administração afastada, e alguns professores, em nada afeta as atividades acadêmicas.
Esclarece ainda que a instituição não opera no interior do Amazonas e todos os cursos ministrados em Manaus estão devidamente regularizados perante o MEC.
Administração Judicial
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