Quatro presos e quatro foragidos por aplicar golpe com faculdade falsa na capital e interior

Foto: Divulgação

Ellen da Silva Santos, de 33 anos (coordenadora do esquema), professora Meyre Jane da Silva, de 49 anos, a advogada Núbia Batista Pinheiro, professor Valdir Pavanello Junior,de 33 anos foram presos durante operação “Incautos” deflagrada na manhã desta terça-feira (19), na qual cumpria o objetivo de desarticular um esquema criminoso que oferecia cursos de graduação falsos.

Valdir foi preso na casa onde morava, situada no bairro Parque Dez, zona Centro-Sul de Manaus. O mandado de prisão em nome de Ellen foi cumprido em uma residência no bairro Novo Aleixo, zona Norte da cidade, já Núbia foi presa no Japiim, zona Sul da capital. Meyre foi presa na casa onde morava, no Adrianópolis, zona Centro-Sul.

Os quatro foram presos em cumprimento de mandados de prisão preventiva, expedidos dia 16 de junho deste ano, pelo juiz Celso Souza de Paula, no Plantão Criminal.

Circunstâncias do crime

De acordo com o delegado Aldeney Goes, titular do 2º DIP e está respondendo pelo 24º, a investigação em torno da iperção foi coordenada pelo delegado Marcelo Martins. A ação foi deflagrada para desarticular a oferta de graduação falsa, sem autorização do MEC em aproximadamente 15 municípios do interior do Amazonas.

Segundo Aldeney Goes, a operação teve intuito de cumprir oito mandados de prisão preventiva e sete de busca eapreensão. A autoridade policial explicou que a investigação durou cerca de um mês, após o Ministério Público do Amazonas acionar o titular do 24º DIP para abertura de Inquérito Polivial.

De acordo com Marcelo Martins, os sócios proprietários de uma faculdade situada no bairro Adrianópolis, acionaram o Tribunal de Justiça por meio da 17ª Vara Cível, solicitando intervenção judicial para a faculdade que foi vendida para atuais sócios Amós Alves Santos, de 35 anos e Rubens Pedro de Farias Júnior, de 33, que estão sendo procurados pela polícia, por descumprimento contratuais. Durante as verificações da 17ª Vara, foi constatado ações de relevância criminal cometidos pelos atuais sócios, Amós e Ruvens.

Ellen coordenava o setor onde eram realizados os delitos e para que não houvesse desconfiança, era mantida distante dos demais funcionários. Valdir era coordenador-geral acadêmico e realizava a ação irregular no interior do Estado.

Marcelo explicou que a organização criminosa iludia os alunos ao argumentar que haveria uma regularização dos históricos escolares e expedição dos diplomas de conclusão de curso. No decorrer da ação, a quadrilha emitiu boletos para que os alunos efetuassem pagamentos das mensalidades. Ao todo, o esquema desviou R$1 milhão da faculdade, onde parte do valor foi recuperado por decisão judicial que bloqueou a verba.

Ao todo, foram vítimas do esquema, alunos dos municípios de Presidente Figueiredo, Nhamundá, Anamã, Anori, Apuí, Autaz Mirim, Barcelos, Beruri, Borba, Caapiranga, Careiro da Várzea. Também foram localizadas vítimas no município de Belo Monte, no Estado do Pará.

Foragidos

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Os sócios da faculdade Amós Alves e Rubens Júnior seguem foragidos. Além de Fabiao Lima da Silveira, de 30 anos e Marivaldo Carvalho Fonseca, de 50 anos que também participaram ativamente do delito.

Indiciados

Ellen, Meyre, Núbia e Valdir foram indiciados por organização criminosa, estelionato, falsaidade ideológica, furto qualificado, dano qualificado, desobediência de decisão judicial, avagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Após os procedimentos cabíveis na delegacia, os infratores serão encaminhados para unidade prisional.

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