Dívida do Sindicato dos Rodoviários pode passar de R$ 30 milhões e bloqueio leva R$ 400 mil/mês de repasse das empresas de ônibus

Dívida do Sindicato dos Rodoviários

Dívida do Sindicato dos Rodoviários é gigantesca e o repasse feito pelas empresas de ônibus agora vai para banco, impedindo o desvio dos bloqueios judiciais. Greve de 7 dias, que teve violência (foto) pode ter sido provocado por perda de até R$ 400 mil/ mês que diretoria gastava sem prestar contas

O Sindicato dos Rodoviários, que abriga motoristas e cobradores de ônibus, está tecnicamente falido. As contas bancárias da instituição estão bloqueadas para pagar mais de R$ 1 milhão, principalmente de multas. Se a multa de R$ 200 mil/ hora da última greve for aplicada, esse valor pode atingir R$ 30 milhões a R$ 40 milhões.

Para piorar, Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) obriga as empresas de ônibus a depositar qualquer repasse mensal em banco. É dinheiro do Imposto Sindical, ou seja, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Isso significa, por mês, entre R$ 300 mil e R$ 400 mil.

O TAC foi proposto pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que tem status de instituição federal. A proposta foi do procurador regional do Trabalho da 11ª Região, Jorsinei Dourado do Nascimento.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, se negou a assinar. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), porém, assinou. Todos os presidentes de empresas de ônibus ou representantes, aliás, assinaram o TAC, dia 22/02.

“Os empresários estão cumprindo a determinação. A desobediência permitiria ao Ministério Público mover Ação Civil Pública contra as empresas”. A confirmação é do assessor jurídico do Sinetram, Fernando Borges.

 

Desespero por falência

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, disse que foi o bloqueio desse repasse que levou a diretoria dos Rodoviários à greve recente. A declaração foi feita nesta segunda (04/06), no programa Diário da Manhã, da Rádio Diário (95,7).

“As empresas eram chantageadas para pagar esse dinheiro em espécie. Quando alguma se recusava, eles paravam os ônibus. Era uma forma dessa diretoria desviar o Imposto Sindical dos bancos, onde as contas estão bloqueadas. Perderam quase R$ 500 mil, por mês, dos quais não prestavam contas a ninguém. Agora, o Ministério Público quer prestação de contas porque trata-se de dinheiro do FAT, do trabalhador”, disse o prefeito.

 

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