Diagnóstico precoce é a principal arma contra a cegueira causada por glaucoma                 

Considerado o maior responsável pela cegueira irreversível no mundo, o glaucoma atinge quase 2 milhões de pessoas no Brasil. De acordo com o oftalmologista Jefferson Ribeiro, médico cooperado da Unimed Manaus, a doença é responsável por 12,3% dos casos de perda de visão em adultos, sendo que a prevalência aumenta com a idade.

Neste sábado, 26 de maio, Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, o médico reforça a necessidade de exames regulares. “Como o glaucoma não apresenta sintomas em sua fase inicial, muitas vezes é descoberto quando a pessoa já perdeu parte significativa da visão, e isso é irreversível”, explica o oftalmologista.

De acordo com o especialista, a perda visual só ocorre em fases mais avançadas da doença e compromete primeiro a visão periférica. Depois, o campo visual vai se estreitando progressivamente até transformar-se em visão tubular. Sem tratamento, o paciente perde completamente a visão. Ele explica ainda que, de modo geral, a doença aparece com mais frequência a partir dos 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer faixa de idade, dependendo da causa que provocou a pressão intraocular mais elevada.

O histórico familiar e pessoas negras são quatro vezes mais propensas a desenvolverem glaucoma. Enquanto se aconselha que pessoas de modo geral devam ir ao oftalmologista monitorar a pressão intraocular a partir dos 40 anos, a recomendação para pessoas negras e com parentes de primeiro grau que possuam a doença é de que comecem o monitoramento a partir dos 30 anos.

“O recomendando é consultar regularmente o oftalmologista, pelo menos uma vez por ano, principalmente a partir dos 40 anos, e seguir as recomendações médicas. Muitas pessoas deixam de seguir as recomendações do médico, primeiro pela ausência de sintomas, depois, porque os medicamentos são muito caros. Esse descuido pode ter graves consequências, uma vez iniciado, o tratamento deve ser feito por toda a vida”, orienta.

 

Tratamento

Dr. Jefferson Ribeiro afirma que o tratamento consegue conter o avanço da doença, mas não permite a recuperação da visão que foi perdida. Se o controle é feito logo no início, o paciente terá uma visão com pouquíssima perda.

Sobre o tratamento, o oftalmologista explica que, inicialmente, ele é clínico e à base de colírios, embora existam drogas por via oral, mas que só são usadas em casos emergenciais.

Silencioso, o glaucoma atinge 60 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A estimativa é que, em 2020, serão 80 milhões de portadores da doença no mundo, sendo 11 milhões cegas nos dois olhos.

 

 

 

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