Distribuidora tenta abastecer postos pelo rio Negro, mas é ameaçada por caminhoneiros

A Distribuidora Atem tentou manter o abastecimento dos postos de combustíveis em Manaus. Ela tem uma rede de postos com bandeira própria e de terceiros. “Fizemos uma rota alternativa, pelo rio (Negro), depois que as vias terrestres de acesso à distribuidora foram fechadas. Os caminhoneiros souberam e mandaram avisos de que poderiam retaliar. Por conta da segurança, o pessoal suspendeu essa operação”, disse uma fonte da Atem.

As ruas que dão acesso à distribuidora Atem, como as da Reman, foram bloqueadas nesta quinta (24/05). A direção da empresa enviou comunicado à Amazonas Distribuidora avisando que está impossibilidade de cumprir contratos de abastecimento. “Há cláusulas punitivas no contrato que temos com a empresa, mas não há como chegar aos locais abastecidos por rodovias. Só nos resta torcer para que o protesto (dos caminhoneiros) termine”, disse o advogado Antônio Nunes Sampaio.

 

Risco de apagão

Usinas termelétricas do interior podem ficar sem combustível. Isso ameaça localidades e até sedes municipais de apagão. As rodovias nos arredores de Manaus foram todas bloqueadas pelos caminhoneiros.

Rio Preto da Eva, Novo Airão, Iranduba e Presidente Figueiredo serão os primeiros Municípios a sentir o desabastecimento. Elas mantêm estoque de combustível para apenas dois dias.

O bloqueio na BR-319 (Manaus-Porto Velho) ameaça o abastecimento de Careiro da Várzea, Careiro Castanho, Manaquiri e Autazes.

Localidades como Vila do Araça (Careiro Castanho), Novo Céu (Autazes), Vila de Lindóia e Novo Remanso (Itacoatiara) podem ter apagão. Elas estão na lista de termelétricas divulgada pela Amazonas Energia com estoque de combustível crítico.