O Facebook divulgou nesta terça-feira (24) regras para os tipos de postagens permitidos em sua rede social, dando muito mais detalhes do que nunca sobre o que é permitido em assuntos que vão desde o uso de drogas e trabalho sexual ao bullying, discurso de ódio e incitação à violência.
Há anos o Facebook possui “padrões comunitários” sobre o que as pessoas podem postar. Mas apenas uma versão relativamente curta e geral estava disponível ao público, embora houvesse um documento interno muito mais detalhado para decidir quando as postagens ou contas individuais deveriam ser removidas.
Linhas e limites
Agora, a empresa está fornecendo um documento mais longo em seu site para esclarecer a confusão e ser mais aberto sobre suas operações, disse Monika Bickert, vice-presidente de política de produtos e contraterrorismo do Facebook.
“Você deve, quando chegar ao Facebook, entender onde estabelecemos essas linhas, o que está OK e o que não está bem”, disse Bickert a repórteres em uma reunião na sede da empresa.
O Facebook tem enfrentado duras críticas de governos e grupos de direitos humanos em muitos países por não fazer o suficiente para conter o discurso de ódio e impedir que o serviço seja usado para promover o terrorismo, promover a violência sectária e divulgar atos como assassinatos e suicídios.
Regimes repressivos
Ao mesmo tempo, a empresa também foi acusada de ceder a regimes repressivos, removendo conteúdos que criticam governos e fornecendo poucas informações sobre por que certas postagens e contas são removidas.
Novas políticas permitirão, pela primeira vez, que os usuários recorram da remoção de conteúdo individual. Anteriormente, apenas a remoção de contas, grupos e páginas podia ser contestada.
O Facebook também está começando a fornecer a razão específica pela qual o conteúdo está sendo retirado para uma variedade maior de situações.
Maior plataforma
Maior rede social do mundo, o Facebook tornou-se uma fonte dominante de informação em muitos países ao redor do mundo.
A plataforma usa tanto o software automatizado quanto um exército de moderadores que agora somam 7.500 para remover textos, fotos e vídeos que violam suas regras. Sob pressão de vários governos, vem reforçando a equipe de moderadores desde o ano passado.
Monika Bickert disse em entrevista à Reuters que os padrões estão em constante evolução, baseados em parte na avaliação obtida de mais de 100 organizações externas e especialistas em áreas como o contraterrorismo e a exploração infantil. “Todos devem esperar que eles sejam atualizados com frequência”, disse ela.
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