‘Copinho’, acusado de tráfico e símbolo da impunidade em Manaus, é preso pela PF-AM

O acusado de tráfico Cleomar Ribeiro de Freitas, o “Copinho”, suposto comparsa do traficante José Roberto Fernandes Barbosa, o “Zé Roberto”, foi preso há instantes, por volta das 11h30, pela Polícia Federal do Amazonas (PF-AM), na rua São Benedito, próximo à avenida Umberto Calderaro Filho (Paraíba), no bairro de Adrianópolis. “Copinho” vem sendo procurado desde 2008, quando começou a Operação Fortaleza, buscando prender os integrantes do grupo de Zé Roberto.

O momento em que Copinho foi levado da casa pelos policiais e chegava à viatura

Os policiais chegaram à casa, aparentando estar inacabada, próxima ao Hiper DB Paraíba, com três viaturas caracterizadas e uma descaracterizada, fortemente armados. As investigações revelaram que o grupo compunha uma rede de tráfico espalhada pelos Estados do Amazonas, Pará, Ceará e Acre, com atuação em outros países, como Venezuela e Colômbia, e até enviando droga para a Europa.

Copinho e Jucicley Braga de Moura, o “Dote”, tornaram-se líderes da organização, depois que Zé Roberto foi preso. “Dote” foi preso numa boate, em Belém (PA), no dia 11 de fevereiro de 2009, libertado em 15 dias e preso novamente em junho do mesmo ano, desta vez em Manaus. Zé Roberto foi preso no dia 31 de agosto, em Manaus, e transferido para Belém.

Os operários de uma obra que fica em frente à casa onde ocorreu à prisão, nesta quarta-feira, que tem muro feito apenas de tijolos, disseram que Copinho havia comprado o imóvel há pouco tempo. Um carro Golf, preto, placas OAC-9446, R$ 4 mil em espécie e mais de 15 aparelhos celulares, no momento da prisão. Ele foi conduzido, por volta das 15h, à Unidade Prisional do Puraquequara.

O superintendente da PF no Amazonas, Sérgio Fontes, disse que a busca de “Copinho” era uma questão de honra para a polícia. “Ele era um símbolo de impunidade”, disse. A Operação Fortaleza perseguiu 37 foragidos com mandado de prisão preventiva ou temporária expedidos.

Zé Roberto é dono do time de futebol Compensão, em Manaus, patrocina a banda Beijo de Mel, cuja vocalista é mulher dele, e a polícia o acusa de ser sócio do Grupo Martins, dono do Hotel Privé Atalaia, em Salinas (PA). A Operação Fortaleza ganhou esse nome porque ele se mudou de Manaus para a capital cearense, de onde foi acusado de enviar droga até para a Europa.

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