Trabalhadores fazem mobilização e ato público contra a reforma da Previdência nesta terça-feira

Servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada, assim como integrantes de movimentos sociais de Manaus, realizam na manhã desta terça-feira (5), na Praça da Polícia, Centro, ato público contra a reforma da Previdência.

A mobilização, marcada para as 9h, acontece em função das articulações do governo federal para aprovar a proposta ainda este ano, mesmo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a tenha retirado da pauta de votação do dia 6, próxima quarta-feira.

“Estava marcada uma greve geral, mas como o Maia retirou da pauta, as centrais sindicais suspenderam a paralisação. Porém, a mobilização foi mantida e nós faremos o ato público, afinal, a ameaça aos direitos dos trabalhadores e pessoas mais humildes da população continua”, diz o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Amazonas (Sindsep-AM), Walter Matos, também representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Conforme ele, a orientação para os sindicalizados de todas as entidades envolvidas no ato é manter o curso das atividades programadas, pois o governo tem jogado pesado na tentativa de aprovar essa reforma sem uma discussão mais aprofundadas com os vários segmentos da sociedade. “A greve nacional ficou para quando a Câmara marcar o dia da votação, que pode ser a qualquer momento, mas o ato desta terça está mantido, pois não podemos nos desmobilizar, já que a ameaça é iminente”, enfatiza.

A presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Isis Tavares, também ressalta a necessidade de manutenção do estado de mobilização e conclama a todos os trabalhadores a se unirem nessa luta.

Segundo ela, professores, estudantes, integrantes de movimentos sociais e servidores públicos estarão entre os manifestantes desta terça, na Praça da Polícia. “O ato público é o único instrumento que a gente tem para manifestar nossa indignação com essa proposta indecorosa de reforma. Precisamos ir à luta”, comenta.

Ela ressalta que o ato público é também uma forma de a população demonstrar sua insatisfação com esse governo, cuja meta é reduzir cada vez mais os direitos que a população tem à saúde, educação, trabalho e aposentadoria.

“A retirada do projeto de pauta mostra que governo não tem votos suficientes para aprovar a reforma e que os deputados federais temem uma mobilização maior dos trabalhadores, tendo em vista a eleição de 2018”, diz.

Mentiras

Os trabalhadores acreditam que o governo Temer mente quando afirma que a Previdência é deficitária, além de desviar recursos dessa área para cobrir o rombo em outros setores da máquina administrativa.

Outro questionamento dos trabalhadores é quanto às anistias para grandes empresários em relação aos débitos previdenciários. De acordo com o relatório Aspectos Fiscais da Seguridade Social no Brasil, somente em 2016, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deixou de arrecadar R$ 57,7 bilhões com as isenções e as desonerações na contribuição patronal.

 

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