Quadrilha desviou mais de R$ 6 milhões de hospital da Unimed com esquema criminoso. Seis ainda são procurados

Polícia já tem mandado de prisão para outros envolvidos no esquema. Mais seis pessoas são procuradas pelo envolvimento no desvio, que envolvia até empresas fantasmas. Foto: Divulgação PC-AM

Faturando pelo menos mais de R$ 6 milhões com um esquema de desvio de dinheiro do hospital da Unimed em Manaus, a Polícia Civil desarticulou uma quadrilha após investigações que levaram três meses, a cargo de equipes do 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Uma ex-funcionária da empresa, identificada como a assistente administrativa Sílvia Borges Nogueira, 35, foi presa e outras seis pessoas continuam foragidas.

Nesta quarta-feira (4), o delegado titular do DIP, Rafael Guevara, explicou como acontecia o esquema criminoso, praticado desde 2016 até junho deste ano, envolvendo Sílvia e mais três funcionários já identificados como Flávio Lavadeda Leão, 33, Marineide do Vale Maia, 33, e Diego da Silva Martins, 31.

A prisão da ex-funcionária ocorreu no dia 28 de setembro, na residência onde ela morava, na rua José Marques, bairro Cidade Nova, zona Norte, em cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido no dia 26 de setembro deste ano, pela juíza Eulinete Melo Silva Tribuzy, da 11ª Vara Criminal. A ação, que resultou na prisão da assistente administrativa, contou com a participação de policiais civis lotados na 5ª Seccional Centro-Sul e os DIPs de circunscrição da zona Centro-Sul.

Em junho deste ano, quatro funcionários do hospital particular, incluindo Silvia, foram demitidos após um minucioso levantamento de dados de desvio de dinheiro da unidade. A mulher era assistente administrativa e recebia pagamentos em espécie ou em débito em conta de boletos bancários.

Para fazer o esquema, ela subtraia os valores recebidos dos pagamentos dos boletos em espécie e registrava no sistema como recebidos por meio de débito em conta. De acordo com o delegado, só a Silvia desviou a quantia de R$ 30 mil do hospital.

Segundo o titular do 12º DIP, os outros três ex-funcionários do setor financeiro, atuavam no esquema criminoso criando empresas fantasmas que teoricamente prestavam serviços para o hospital. Os pagamentos a essas empresas fictícias eram depositados pelos três ex-funcionários nas contas dos outros três envolvidos no esquema, que não eram funcionários da unidade hospitalar.

Como a empresa realizava diariamente vários pagamentos a fornecedores de serviços, o crime não foi percebido de imediato pelos diretores do hospital. O Rafael Guevera ressaltou que as outras seis pessoas envolvidas no esquema, que estão sendo procuradas pela polícia, já estão com as prisões preventivas decretadas.

Ao término dos procedimentos cabíveis no 12º DIP, Silvia será encaminhada ao Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF).

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