Rebecca diz que não vai apoiar nem Braga nem Amazonino: “não concordamos com velhas práticas”

Com um discurso voltado para fazer uma gestão mais técnica e contando com o apoio do governador do Estado, David Almeida, a ex-superintendente da Suframa, Rebecca Garcia (PP), ficou em terceiro lugar no pleito suplementar para o Governo do Estado, somando mais de 18,08%, mais de 268 mil votos no Amazonas.

Rebecca agradeceu todos os que acreditaram no projeto de mudanças e que participaram da caminhada, com trabalho ou com o voto. Sem meias palavras e sem responder a perguntas de jornalistas, ela afirmou que a chapa tomou a decisão de não apoiar nenhum dos dois candidatos que vão disputar o segundo turno – Amazonino Mendes (PDT) e Eduardo Braga (PMDB) – porque “nenhum deles representa o que buscam como mudança”. “Não é essa política que queremos para o Amazonas. Nosso plano era para mudar velhas práticas de gestão e os dois candidatos não representam esse perfil”, falou a candidata.

Ela disse que não recebeu contato de nenhum político e “graças a Deus seu telefone estava sem bateria”. Mas desejou aos vitoriosos no primeiro turno sucesso e que o próximo governador tenha sucesso, que é o sucesso de todos os amazonenses. “Se fizer o correto, terá aplausos, mas caso contrário, vamos manter vigilantes e que receberá críticas”.

Mais cedo, Rebecca votou acompanhada de David Almeida, que disse estar otimista com o resultado da eleição e que a vontade do povo deve ser respeitada.

Candidato a vice, o vereador Felipe Souza agradeceu primeiro a Deus e aos eleitores que apostaram na chapa, e disse que vão honrar os votos recebidos. “Fizemos uma campanha de propostas, sincera e franca, e este é apenas o começo de uma nova caminhada. Desejamos o melhor para o Amazonas”, comentou.

Sobre uma possível aliança com o senador Eduardo Braga, com quem compôs chapa em 2014, mesmo não querendo responder, Rebecca afirmou que de lá para cá muita coisa mudou. “Tanto mudou que os votos brancos, nulos e a abstenção são um reflexo disso, de que o povo não quer esse cenário de política imunda que está acontecendo no Brasil. Por isso decidimos não estar de nenhum lado”.