Phelippe Daou, presidente da Rede Amazônica, morre na véspera dos 88 anos. Velório será no Studio 5

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Phelippe Daou foi um dos fundadores da Rede Amazônica de Rádio e Televisão. Foto: Divulgação

“Parece que agora é minha vez”. O comentário foi feito pelo jornalista e empresário Phelippe Daou, durante o velório do sócio e amigo pessoal Milton Cordeiro, falecido no dia 31/10. Daou faleceu na tarde desta quarta-feira (14/12), no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, de falência múltipla dos órgãos. Ele completaria 88 anos amanhã. O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, decretou luto oficial de sete dias no Município e o governador José Melo luto oficial por três dias.

O corpo chega a Manaus às 11h30 desta quinta-feira e será velado no salão nobre do Studio 5 Centro de Convenções, no Distrito Industrial. A partir das 14h o velório será aberto ao público.

Jornalista e empresário, Phelippe nasceu em Manaus, no dia 15 de dezembro de 1928. Viúvo de Magdalena Arce Daou, ele é pai de dois filhos: Philippe Daou Jr. e Cláudia Daou Paixão e Silva. Hoje, às 17h, toda a gerência da Rede Amazônica se reuniu, no auditório da empresa, no bairro do Aleixo, para prestar informações sobre o falecimento do líder.

O empresário fundou a Rede Amazônica de Rádio e Televisão, ao lado de Joaquim Margarido e Milton Cordeiro, falecidos em 5 e 31 de outubro de 2016, respectivamente, como sócio majoritário. Com a fundação da TV Amazonas, no dia 1° de setembro de 1972, Phelippe, Milton e Joaquim Margarido tinham como objetivo implantar um conglomerado de mídia e assim criaram uma série de repetidoras nos Estados da Amazônia. Em 1975, o grupo viria a se tonar TV Acre, TV Rondônia, TV Amapá e TV Roraima, nascendo assim a Rede Amazônica de Comunicação.

Phelippe Daou, abalado com a morte de Margarido, ex-sócio, e Milton Cordeiro, ainda na empresa, partiu para uma série de exames em São Paulo. Praticante de artes marciais, iogne e karateca, o coração dele sentiu o golpe e, apesar de os amigos e colaboradores mais próximos terem testemunhado a vontade de viver que o acompanhava, o coração não resistiu.

Notas de pesar

O prefeito Arthur Virgílio Neto, em nome de todos os servidores da Prefeitura de Manaus, manifestou pesar pelo falecimento de Phelippe Daou, estendendo a solidariedade aos familiares, amigos, colaboradores e parceiros da Rede Amazônica.

“Registro antes de mais nada que este ano faleceram também o Joaquim Margarido e o Milton de Magalhães Cordeiro. Foram três amigos inseparáveis que construíram juntos este império da liberdade de comunicação, que é a Rede Amazônica”, declarou consternado Arthur Neto. “E eu queria fazer um registro da figura humana e modesta de Phelippe Dou, além de seu sentimento de amor pela Amazônia. Ele se imortaliza no momento em que morre”, completou o prefeito.

O governador do Amazonas, José Melo, manifestou seu pesar e solidariedade aos familiares, amigos e colaboradores do empresário.

“O pioneirismo empresarial foi uma marca importante de Phelippe Daou e teve papel fundamental para o desenvolvimento da economia e a defesa da Zona Franca de Manaus. Na comunicação, no comércio, na educação e na área social. Iniciativas de expressão e valor social como a criação da Fundação Rede Amazônica, por meio da qual, gerações e gerações de profissionais foram qualificados para o mercado de trabalho. O Amazonas perde hoje um de seus mais notáveis cidadãos. Homem de fé que deixa um legado de trabalho e exemplo a todos nós. A sua perda deixa uma lacuna significativa na sociedade amazonense”, declarou o governador.

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2 comentários

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  1. Eduardo Protazio da Silva disse:

    Meus ppêsames pela morte do Sr. Philips Daou.

  2. Elson Farias disse:

    Trabalhei com o Dr. Phelippe nos primórdios da Rede Amazônica. O trabalho era a sua marca registrada, verdadeiro atleta. Defendia com ardor e competência a Zona Franca. Da tribuna de sua empresa de comunicação, transformou-se em um dos mais eloquentes defensores da Região. Seu espírito ficará.