Semasdh visita bandas e detecta quase cem casos de trabalho infanto-juvenil

Noventa e cinco crianças e adolescentes foram identificados trabalhando em barracas durante as bandas de carnaval deste fim de semana.

O total refere-se apenas às abordagens feitas por técnicos da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) nas bandas da Difusora e da Bica, no sábado, 22, e do Boulevard e da Baixa da Égua, no domingo, 23 de fevereiro.

A equipe da Semasdh atuou em busca de crianças e adolescentes em situação de risco, trabalho infantil e vítimas de exploração sexual.

Em cada um dos dois dias, 35 técnicos da secretaria estiveram nas ruas para identificar e orientar os foliões e donos de barracas sobre a necessidade de proteção às crianças e aos adolescentes.

Os donos das barracas onde foram constatados os problemas – a maioria pais ou responsáveis pelas crianças e jovens – foram abordados e receberam orientações de que a mão de obra infanto-juvenil é proibida.

Familiares, crianças e adolescentes foram cadastrados para acompanhamento posterior pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas).

Apesar de a maioria aceitar as recomendações de retirar as crianças e adolescentes dos locais, houve resistência em dois casos, tanto por parte dos adolescentes, quanto pelos donos de barracas.

Técnicos da Semasdh detectaram ainda dois casos de possível exploração sexual de adolescentes, com idade entre 13 e 15 anos – duas no sábado e duas no domingo.

As jovens estavam ingerindo bebida alcoólica, acompanhadas de turistas estrangeiros. Elas também foram retiradas do local e levadas aos seus responsáveis, além de cadastradas para acompanhamento pelo Creas.

Outras nove crianças em situação de risco pessoal (acompanhada de pessoas alcoolizadas, encontradas sozinhas em eventos, por exemplo) foram detectadas e entregues a seus responsáveis, após orientação e cadastro.

No domingo, 23, as equipes estiveram em 117 bancas e barracas de ambulantes orientando sobre os riscos do trabalho infantil e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Além de 37 casos de crianças e adolescentes trabalhando, foram encontradas outras seis crianças em risco pessoal. Todos foram retirados do local, entregues a seus responsáveis e cadastrados para acompanhamento.

Dos adolescentes encontrados trabalhando nas bandas, dois deles, de 17 anos, foram encaminhados ao Centro de Referência em Assistência Social (Cras) para inclusão no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

Veja também
Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *