Alfredo lança candidatura de Ronaldo Tiradentes à Presidência da República

Um amazonense baixinho, narigudo, cambitos no lugar de canelas e meio dentuço manda nos jornais Estadão, Folha e O Globo, na TV Globo e nas revistas Veja e IstoÉ. A afirmação foi feita, hoje, na tribuna do Senado Federal, pelo ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, no momento mais paroquiano de um discurso que atravessou a tarde na TV Senado e foi transmitido ao vivo pela CBN Manaus.

Alfredo conseguiu mais: expôs o desastre da gestão do Ministério dos Transportes, os ex-ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, da Casa Civil, Erenice Guerra, e da Fazenda, Guido Mantega, que continua no cargo, e o PAC, além de comprometer a própria presidente Dilma Rousseff e ajudar a oposição a completar o número de assinaturas para a CPI do Ministério dos Transportes.

De quebra, nosso estadista de plantão ofereceu o palco para o “amigo” Magno Malta manifestar sua posição, ainda minoritária na bancada, de “entregar” o ministério para a presidente, romper com o bloco da base aliada no Senado e na Câmara e passar a oferecer “apoio crítico” ao Governo Federal. O PR ficou sem volta. Segundo o UOL, agora à noite, o partido rompeu com o Governo. A ideia, como é comum nesses casos, é segurar a saída até o enésimo minuto. Sempre fica alguma coisa para negociar, ainda mais quando o negociador está desesperado e se lixa para a ética.

Alfredo jogou farofa no ventilador. Tentou agir como José Sarney e Renan Calheiros fazem com o PMDB, mas não tem o mesmo traquejo político e nem tantos anos nas entranhas do poder. O resultado pode despertar o enfraquecimento do PR e o desejo de revanche da base aliada. Que, aliás, ganha uma das sete vagas do partido para o petista João Pedro, caso Alfredo seja cassado, embora ontem à noite ainda estivesse jogando contra a CPI e apelando a governadores para retirar assinaturas nas suas zonas de influência.

Apareceram R$ 14 bilhões de gastos a mais no Ministério dos Transportes, entre a saída de Alfredo, em março de 2010, e a volta dele, em janeiro de 2011. Isso, dito como foi, da tribuna do Senado, tem o peso de uma bomba atômica política.

A oposição quer investigar se o dinheiro é verba de campanha. Se sair CPI, consegue. Resta saber o que falará mais alto, a inabilidade de Alfredo, que coloca a base aliada contra ele, ou o medo do Governo de que essa farofa acabe causando um estrago na própria Presidente Dilma Rousseff.

A política fervilha. Nenhum político experiente coloca todos os ovos no mesmo cesto, como fez o ex-ministro e senador. Que, aliás, só recebeu apoio do “conterrâneo” Agripino Maia, do Rio Grande do Norte, doido para jogar gasolina na fogueira. A bancada do Amazonas, se apareceu por lá, entrou muda e saiu calada.

Chegou a hora dos universitários. Alfredo, definitivamente, não está, como diria Caetano, inserido no contexto.

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6 comentários

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  1. claudio melo disse:

    li no jornal o Globo que ele disse nessa pronuncia no senado, que “mudou a cara do Brtasil em estradas” mudou?
    em que? o Ratinho em seu programa fala do trecho SP/Curitiba como estrada da morte, que pára sempre, nunca tem fim a duplicação.
    Ademais o com licença da palavra ” O Alfredo ” não fez a
    própria lição de casa que era deixar a BR-174 uma estrada
    igual um tapete como chamamos nós motoristas.e a 319?
    e agora Alfredo? vai se candiatar? vais ter um pau de goiaba no lombo!

  2. ALYSSON FREITAS disse:

    Infelizmente Marcos o povo Amazonense vota em canalhas como Alfredo Nascimento dentre outros, infelizmente. Vamos respeitar depois ficam chorando o leite derramado, e pra acabar.

  3. Caro amigo,
    Sei que sou um pecador e careço da misericórdia de Deus na minha vida para que não adentre os portais do inferno! Uma coisa sei! Não carrego o fardo de ter votado nesse homem algum dia, Graças a Deus por isso!! Ele chega a ser patetico e como sou um bom cristão as vezes da pena, sério!!

  4. Luis Pacheco disse:

    Em primeiro lugar Ronaldo Tiradentes não é amazonense. Em segundo entendo que ele gasta um tempo precioso se alto promovendo. Terceiro, a radio é uma concessão pública, então por que ela é de Iranduba. Quarto, quando Ronald era parlamentar, sua conduta beira à cena circense vivida hoje pelo Cabo Pereira.
    Portanto, Ronaldo teu passado te condena.

    RESPOSTA:
    Em primeiro lugar, cidadão manauara com diploma oferecido pela Câmara Municipal e título de cidadão amazonense aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa, Ronaldo já pode se considerar conterrâneo. Em segundo, tempo em rádio é dinheiro. Em terceiro, não entendi a relação concessão de rádio e a localização da CBN em Iranduba, mas, devo lembrar que hoje a “concessão pública” mudou bastante e, ao contrário daquele período em que as emissoras eram entregues graciosamente, agora elas são objeto de leilão e precisam ser pagas. Finalmente, meu artigo é só uma ironia para o que considero erro estratégico do senador Alfredo, ao citar um inimigo da província, o Ronaldo, como autor de denúncia nacional. Simplório demais.

  5. Carlos Benedito Machado disse:

    Ora…ora…ora.Como pode alguem como O Alfredo MISERENTO, cabra embusteiro, mentiroso, maquiavelhico, sem moral e desprovido de carater, ainda ter neste estado alguem que o defenda, apesar der sido eleito pelos votantes ignorantes do amazonas nao deveriamos mais trata-lo como senador amazonense, apesar de ele assim como o Ronaldo e outros imgrantes ter sido condecorado cidadao amazonense na Assembleia Legislativa do Estado, alias titulo que devia ser cancelado pois foi requerido pelo seu assecla maior quando deputado estadual o tal SABA REIS, que se iguala em quase tudo que nao presta com este ALFREDO MISERENTO.

  6. luis almir fonseca disse:

    Essa bancada do Amazonas, por sí só é um desastre. Mesmo com a ajuda da presidenta Dilma que por recomendações do todo poderoso LUla, escolheu como líder no senado o mais arropgante político que se tem notícia nesse Estado.
    Para o ano a casa vai cair.