Turistas antecipam viagem a Parintins para curtir mais que só o festival dos bumbás

A ilha de Parintins já vive o clima do 58º Festival Folclórico mesmo antes do fim de semana oficial. E cada vez mais visitantes estão antecipando suas viagens para aproveitar não apenas os espetáculos do Bumbódromo, mas a cidade, sua cultura e a energia única que antecede a festa.

É o caso do casal tefeenses Ingrid Lasmar e Antônio Raimundo, que chegou em Parintins no dia 13 de junho, após três dias de viagem de barco desde o município de Tefé, no interior do Amazonas.

Navegação

A jornada começou no dia 10, com dois dias de navegação até Manaus. De lá, seguiram por mais um dia de barco até chegar à ilha tupinambarana. Tudo isso para garantir não só um bom lugar nas arquibancadas, mas principalmente uma experiência mais profunda e completa do Festival.

“A gente veio pela segunda vez. Em 2023 foi tudo muito corrido, não deu pra conhecer a cidade e viver o festival como eu sempre sonhei. Dessa vez está sendo tudo diferente. Estou vivendo Parintins de verdade, conhecendo os lugares, sentindo o clima. Era um sonho que eu tinha desde criança, sempre torci pro Boi Garantido. Agora tô realizando esse sonho com calma”, conta Ingrid, que trabalha no combate à dengue e à malária em Tefé.

Parintins

Já Antônio, o marido, admite que nunca foi fã de boi-bumbá até conhecer Parintins.

“Antes de vir a primeira vez, eu não ligava muito pra esse negócio de boi. Mas quando a Ingrid me trouxe em 2023, foi impossível não se apaixonar. A cidade vibra, a cultura é viva, o povo é acolhedor. Esse ano decidi que não queria só o Festival. Queria viver Parintins antes da festa começar. Três dias de espetáculo não são suficientes pra tudo o que essa ilha oferece”, afirma ele que agora é torcedor do boi caprichoso.

A história de Ingrid e Antônio representa uma tendência crescente entre os turistas: transformar a ida ao Festival de Parintins em uma experiência imersiva e prolongada.

Estada

A estada antecipada permite conhecer os barracões, acompanhar os ensaios das galeras, visitar pontos turísticos, experimentar a culinária local e se conectar com o dia a dia da cidade.

Mais do que espectadores do espetáculo, esses visitantes se tornam parte da energia que constrói a maior manifestação cultural do Norte do país.

Texto: Peta Cid para Portal Marcos Santos

Foto: Oliver Freire