Programas prioritários de PD&I apresentam projetos e investimentos em Rondônia

Foto: Divulgação/Layana Rios/Suframa

Os investimentos realizados em Rondônia pelos programas prioritários de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) foram destacados durante a programação vespertina da 2ª Jornada de Integração Regional e Interiorização do Desenvolvimento de Rondônia, realizada nesta quarta-feira (17), no auditório do campus Porto Velho Calama do Instituto Federal de Rondônia (IFRO).

Os programas prioritários são uma das modalidades em que as empresas do segmento de Bens de Informática podem investir os recursos da Lei n° 8.387/1991, conhecida como Lei de Informática, destinados a aplicação em atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) na Amazônia Ocidental e Amapá.

O segmento de Bens de Informática representa 24,5% do total do faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM). Em 2023, o faturamento foi de R$ 42,5 bilhões, com a participação de aproximadamente 60 empresas no segmento. “Essas empresas têm a obrigatoriedade de investir 5% do faturamento bruto da comercialização dos produtos em atividades de PD&I na Amazônia Ocidental e Amapá”, ressalta o superintendente-adjunto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Suframa, Waldenir Vieira.

O Programa prioritário de Bioeconomia (PPBIO), que é coordenado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), foi apresentado pelo gerente de Bioeconomia e Inovação do Instituto, Paulo Simonetti. Ele destacou que o Idesam, via PPBIO atua em 43 municípios na Amazônia Ocidental e Amapá, com geração de 421 empregos em cerca de 60 projetos, entre os finalizados e os em execução. “Temos ainda um banco de projetos para captação de recursos onde novos projetos aqui do Estado podem ser apresentados para serem incluídos nesse portfólio que apresentamos às empresas que tem a contrapartida da Lei de Informática”, afirmou.

Simonetti dividiu ainda o tempo com o representante da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, Almir Surui, e com o Diogo Hungria, da startup Meu pé de árvore para falar, respectivamente, sobre os projetos de crédito de carbono Suruí, que recebeu investimento de R$ 2,4 milhões para desenvolver um modelo de geração de créditos de carbono inovador a ser implementado na terra indígena, e “Meu pé de árvore digital”, com aporte de R$ 500 mil para o aprimoramento de plataforma de monitoramento de árvores matrizes, facilitando o planejamento e comercialização de produtos de árvores adultas como sementes, resinas, óleos, entre outros, além de contribuir para a restauração e proteção de ecossistemas.

Três projetos

A gerente de Novos Negócios do Centro Internacional de Tecnologia de Software (CITS), Vania Vial, apresentou o Programa Prioritário Indústria 4.0 e Modernização Industrial (PPI4.0), coordenado pelo Centro. “Atuamos em três focos de trabalho, o primeiro é o desenvolvimento do ecossistema a partir da capacitação, o segundo são os projetos de PD&I para modernização industrial e o terceiro são novos negócios e fomento à inovação aberta, novas ideias de produtos”, explicou a gerente.

O CITS conta com 55 empresas investidoras no PPI4.0, 57 parceiros executores do programa com 180 projetos, 270 planos de trabalho e R$ 272 milhões em projetos já finalizados ou em execução. Em Rondônia, o PPI 4.0 tem o total de R$ 5,5 milhões em três projetos com o IFRO, além de um projeto fase de análise com o instituto Evolução de Ji-Paraná. “A política de descentralizar os recursos de PD&I de Manaus começa a dar certo a partir dos programas prioritários e estamos cada vez mais chegando aos demais Estados”, afirma Vânia Vial.

Ela convidou o diretor de Pesquisa, Inovação, Graduação e Pos-Graduação do IFRO, Willians Pereira, para falar sobre os três projetos em andamento com o IFRO, que contam com 650 vagas para capacitação, criação de três laboratórios, sendo um FabLab, que deverão gerar 38 protótipos com inovação científica ou tecnológica e dez publicações científicas.

PPEI

Por fim, o Programa Prioritário de Fomento ao Empreendedorismo Inovador (PPEI), coordenado pela Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) foi apresentado pelo coordenador da Softex, Renato Vernaschi. “Desenvolvemos ações e programas de inovação tecnológica, conectando startups, centros de PD&I, empresas com potencial de investimento para gerar negócios sólidos e facilitar a captação de recursos”, afirmou.

O PPEI conta com 39 projetos executados, mais R$ 50 milhões investidos e 18 instituições executoras. Ele anunciou que o projeto Empreendedores de Impacto, em parceria com o Instituto Tecnológico Educacional do Amazonas (Iteam), conta recursos totais de R$ 7,5 milhões para quatro estados e irá beneficiar o estado de Rondônia na formação de empreendedores.

Programação

Para encerrar o primeiro dia de atividades, houve apresentação do Banco da Amazônia (Basa) sobre Fundos de Inovação e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) sobre o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia Legal 2024/2027 .

Jornada

Organizada pela Suframa, a Jornada visa disseminar os benefícios da Zona Franca de Manaus (ZFM) e fortalecer a interação com os Estados da Amazônia Ocidental e Amapá, além de contribuir para o avanço do ambiente de negócios na região. Participam das atividades em Rondônia pela Autarquia os superintendentes-adjuntos Executivo, Luiz Frederico Aguiar; de Projetos, Leopoldo Montenegro; e de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica, Waldenir Vieira, além do coordenador Regional de Porto Velho, Waldemar Albuquerque, servidores da sede em Manaus e da unidade de Porto Velho.

O evento segue na manhã de quinta-feira (18) com informações sobre incentivos fiscais na região, com foco nos regimes da Amazônia Ocidental e das Áreas de Livre Comércio (ALCs), orientações sobre cadastro, compra nacional e importação incentivada na Suframa, e como apresentar projetos na Autarquia.

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