Arte, literatura, esporte e história dos povos indígenas são temas de exposição em escola estadual

Foto: Divulgação/Euzivaldo Queiroz/Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Alunos do Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Elisa Bessa Freire realizaram, nesta sexta-feira (12/04), uma exposição sobre a cultura dos povos indígenas do Amazonas. O evento fechou uma temporada de atividades relacionadas ao tema, que começou a ser trabalhado em fevereiro de forma interdisciplinar na unidade de ensino.

A exposição contou com trabalhos produzidos por alunos de seis turmas do 6º ano do Ensino Fundamental. Os estudantes buscaram abordar aspectos do cotidiano indígena em diferentes áreas do conhecimento.

O projeto interdisciplinar foi trabalhado por nove componentes curriculares, entre eles, a Matemática, em que os alunos puderam pesquisar dados estatísticos relacionados aos povos indígenas do Amazonas. Na Literatura, foram apresentados os principais autores indígenas como Ailton Krenak, Daniel Munduruku, Davi Kopenawa Yanomami, Kaká Werá, e o amazonense Tiago Hakiy.

Na mostra correspondente à disciplina de Língua Inglesa, os estudantes expuseram a diversidade das línguas indígenas, enquanto a Geografia trabalhou a cartografia dos territórios indígenas localizados na região metropolitana de Manaus. No componente de Ensino Religioso, os alunos pesquisaram as crenças vividas pelos povos.

Já a área de Ciências organizou uma exposição sobre as principais funcionalidades de plantas medicinais cultivadas por povos originários, como hortelã, boldo, manjericão, capim santo e boldo chileno. A mostra exigiu trabalho de pesquisa pelos próprios alunos.

Foto: Divulgação/Euzivaldo Queiroz/Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

“A gente aprende muito e sai do nosso cotidiano. É difícil porque é coisa nova, mas foi legal porque a gente se aprofundou mais”, disse a estudante Larissa Ferreira, de 11 anos, que apresentou as características de plantas como chicória e cebolinha.

Grafismos

Na Arte, os alunos estudaram a pluralidade de grafismos presentes na cultura indígena. Já a disciplina de História buscou trabalhar o combate ao racismo e a origem das etnias. Para que isso fosse possível, os estudantes visitaram comunidades indígenas e conheceram costumes de diferentes povos tradicionais.

Para a professora do componente, Doroteia Duarte, o objetivo do projeto foi alcançado. “O objetivo era quebrar os estereótipos que existem acerca da cultura indígena e fazer um resgate. É muito importante para eles e, com certeza, atingimos nosso objetivo. É claro que ainda há muito o que ser feito, mas para este primeiro momento, nós conseguimos alcançar o que pretendíamos”, disse Doroteia.

Foto: Divulgação/Euzivaldo Queiroz/Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Esporte

Na quadra, a olimpíada indígena animou a comunidade escolar. O projeto selecionou a prática de três modalidades esportivas de origem indígena: corrida com tora, zarabatana e cabo de guerra. “Nós escolhemos essas três modalidades dentre inúmeras que existem. Eles precisam vivenciar, porque é um esporte nosso”, explicou a professora de Educação Física Lucivane Wanger.

Tema transversal

A abordagem central sobre os povos indígenas deve ser trabalhada durante todo o ano no Ceti Elisa Bessa Freire. O projeto seguirá com a exposição conteudista em sala de aula e com o desenvolvimento de projetos.

“É algo maravilhoso porque são turmas novas na escola, e os alunos já se comprometem a levar adiante algo que vai beneficiar os demais estudantes. O engajamento deles em conhecer para depois compartilhar esse conhecimento se resume em compromisso e consideração”, disse a diretora da escola, Maria do Carmo Araújo.

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