Julgamento de PMs acusados de matar jovens em Manaus é retomado nesta segunda-feira (01°)

Julgamento de PMs acusados de matar jovens em Manaus é retomado nesta segunda-feira (01°)

O trio desapareceu após uma abordagem policial no bairro Grande Vitória, na Zona Leste de Manaus (Foto: Reprodução)

O julgamento dos nove policiais militares acusados de matar três jovens em 2016 foi retomado nesta segunda-feira (1°). O trio desapareceu após uma abordagem policial no bairro Grande Vitória, na Zona Leste de Manaus. A audiência vai acontecer no Fórum Henoch Reis, na Zona Centro-Sul da capital.

Inicialmente, o julgamento estava marcado para ocorrer em novembro do ano passado, mas foi adiado a pedido do Ministério Público do Amazonas (MPAM) e da defesa de um dos réus que, na época, estava com suspeita de meningite.

Os acusados de matar os jovens são José Fabiano Alves da Silva, Edson Ribeiro da Costa, Ronaldo Cortez da Costa, Eldeson Alves de Moura, Cleydson Enéas Dantas, Denilson de Lima Corrêa, Isaac Loureiro da Silva e Luiz da Silva Ramos —  que teve extinta a punibilidade em razão de sua morte no ano passado.

Alex Júlio Roque de Melo, de 25 anos, Ewerton Marinho, 20, e Rita de Cássia, 19, desapareceram no dia 29 de outubro de 2016, após serem abordados por policiais militares no Grande Vitória enquanto voltavam de uma festa. Câmeras registraram o momento em que os PMs mandam o trio entrar no carro. Desde então, os jovens nunca mais foram vistos.

A sessão de julgamento, que está sendo presidida pelo juiz Eliezer Fernandes Júnior, teve início às 9h40 com a chamada dos jurados. Até às 13h30 deste primeiro dia de trabalhos em plenário, apenas duas testemunhas de acusação tinham sido ouvidas.

Dois promotores de justiça – José Augusto Palheta Taveira Júnior e Lilian Nara Pinheiro de Almeida – estão atuando na acusação, pelo Ministério Público. Sete advogados estão atuando na defesa dos réus.

Entre acusação e defesa dos réus, 21 testemunhas deverão ser ouvidas em Plenário, incluindo os peritos que atuaram no caso. Algumas das testemunhas participarão por videoconferência. Em razão desses números, a expectativa é que o júri se estenda por toda a semana.

Sete anos após o crime, os corpos das vítimas não foram encontrados.

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