Pesquisa aponta que empresários esperam crescimento nas receitas em 2024

Pesquisa aponta que empresários esperam crescimento nas receitas em 2024

Executivos brasileiros estão otimistas sobre os resultados dos seus negócios para este ano e indicam equilíbrio fiscal como prioridades para o governo (Ilustração/Freepik)

Um estudo inovador realizado pela Câmara de Comércio Americana no Brasil revela que 93% dos empresários líderes brasileiros preveem crescimento nas receitas de suas organizações em 2024. Dentre esses, quase metade antecipa um aumento superior a 15%.

Os dados, coletados junto a 775 dirigentes empresariais, foram anunciados nesta segunda-feira (5) durante uma reunião da entidade, que contou com a participação de mais de 150 pessoas na sede da B3, a Bolsa de Valores brasileira.

Conforme o levantamento, os empresários do Brasil estão otimistas em relação aos desempenhos futuros de seus negócios em 2024, apontando como prioridades para o governo o equilíbrio fiscal, a regulamentação da reforma tributária e a segurança jurídica.

Denominado “Plano de Rota Amcham 2024”, o estudo entrevistou CEOs, sócios e diretores de empresas de grande e médio porte em todo o território nacional.

Dentre outros fatores que contribuíram para esse panorama positivo, segundo a pesquisa, destacam-se o aumento das vendas no mercado interno (72%), uma maior capacidade de produção ou prestação de serviços (49%) e ganhos de eficiência ou redução de custos (49%).

Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil, informou à CNN que a pesquisa evidencia a confiança do setor empresarial no desempenho de seus negócios em 2024.

“Esse tom otimista reflete a evolução dos indicadores econômicos ao longo do ano passado e vem acompanhado de uma clara indicação da importância da responsabilidade fiscal e dos avanços no ambiente de negócios”, afirmou Neto.

Quanto às principais medidas esperadas em relação ao governo para impulsionar a economia, mencionadas no estudo, destacam-se o equilíbrio fiscal (80%), a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo (62%), assim como a segurança jurídica e a redução da burocracia (62%).

No que tange ao impacto da reforma tributária sobre o consumo, 41% dos entrevistados afirmaram esperar resultados muito positivos ou positivos. Para 35%, os efeitos da reforma seriam neutros, dado que ainda não estariam suficientemente claros.

Em contrapartida, 21% avaliam a reforma de forma negativa ou muito negativa.

A pesquisa também indagou sobre as áreas que devem ser priorizadas pelo governo federal no segundo ano do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Dentre as 14 opções listadas, as mais mencionadas pelos empresários foram:

1. Política Econômica (79%);
2. Infraestrutura (54%);
3. Empregos (53%);
4. Inovação e Tecnologia (49%);
5. Política Industrial (46%).

Neto destaca que a maioria dos participantes prevê efeitos positivos da reforma tributária em seus negócios. Contudo, 35% estão aguardando mais clareza sobre o alcance e a aplicação das novas regras para avaliar seus impactos.

“Por esse motivo, a regulamentação da reforma figura como uma das principais demandas em relação à agenda econômica do governo para o ano”, comenta.

Em relação ao cenário externo, a pesquisa revelou que os empresários percebem como fatores externos que podem impactar a economia e os negócios em 2024:

1. Disputas geopolíticas e conflitos internacionais (61%);
2. Políticas econômicas das demais economias mundiais (58%);
3. Flutuações no mercado global de commodities (55%);
4. Liquidez internacional e fluxos de investimentos (33%).

Outro ponto destacado no levantamento é que 71% dos executivos brasileiros consideram alto ou médio o impacto das eleições presidenciais nos Estados Unidos, previstas para 5 de novembro deste ano, sobre o Brasil. Apenas 23% acreditam que o Brasil será pouco ou nada afetado pelo resultado desse pleito.

Quando questionados sobre as prioridades entre o Brasil e os Estados Unidos para 2024, ano em que são celebrados os 200 anos das relações diplomáticas entre os dois países, os temas mais relevantes foram:

1. Comércio e investimentos (75%);
2. Tecnologia e Inovação (65%);
3. Educação e Mão de Obra (41%);
4. Cooperação Política (38%);
5. Energia, incluindo renováveis (30%).

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